Há pastores que são pilantras. Vez ou outra são flagrados, desmascarados
Parte da imprensa destaca o fato de um escândalo envolver "pastores evangélicos". A convicção religiosa de não-evangélicos não recebe o mesmo destaque
A iconografia sacra - rituais, bíblias, púlpitos - esconde muitos
criminosos - e em todas as matizes religiosas
Foi-se o tempo em que títulos sacros inspiravam credibilidade: A
ostentação de títulos ("pastor" Fulano, "padre" Beltrano)
não assegura que o mesmo seja incorruptível ou insuspeito
Ninguém (!) está acima do bem e do mal, à margem da Lei, protegido por
sua posição eclesiástica
Os maiores escândalos na política tiveram a participação - quando não
foram protagonizados por religiosos; há pastores e bispos na Papuda, Bangu I,
carceragem da PF
A atração pelo poder é denunciada pelas hierarquizações, por lideranças
personalistas e egolátricas em muitas denominações - pastores, bispos,
apóstolos, "pais" etc.
A expansão ou manutenção de impérios midiáticos, catedrais suntuosas e
multiplicação de "megaigrejas" revelam apetite, e sedução de partidos
e políticos ao conluio nas eleições e, a posteriori, às entranhas da coisa
pública
É na simbiose de poderes - política e religião, apoio ostensivo de
igrejas a políticos, associações com partidos, a formar bancadas, que está a
gênese de muitos escândalos
Nem todos os pastores, igrejas e denominações se movem pela ambição do
poder terreno: Paróquias atuam na prevenção às drogas, reinserção social de
detentos, iniciação profissional de jovens etc. e complementam/suprem ações do
Estado
Não nos surpreende que hajam lobos (e lobistas) em ministérios. Mas não
são todos
Estimulemos a fé e a cidadania; e a separação entre igrejas e Estado!
"O meu reino não é deste mundo" - Jesus de Nazaré By Geraldinho Farias
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