A família Madrigal mora num vilarejo colombiano – não ser uma
ambientação europeia já é atrativo. Some-se o fato de que os personagens não
possuem um único padrão de beleza (como barbies e kans irretocáveis) mas, são
diversos estereótipos.
Na Casita a magia dotou a todos da família com um dom especial, desde uma força mastodôntica à capacidade de curar – exceto Mirabel. Comum, desprovida, “não especial”, ela é a chave da trama.
Num mundo cujas exibições e ostentações resulta em comparações
compulsivas, o desenho aprofunda sobre nossos propósitos e missão de vida,
autoestima e valores pessoais: Como nos situamos numa sociedade consumista cujo
sucesso é medido pela fama e utilitarismo, premiando os que se destacam em
detrimento dos que não se mostram plenamente saudáveis, fortes, belos e
perfeitamente felizes???
(O mundo é tão perfeito que o Tio Bruno, o "estraga prazeres",
foi confinado: Pode revelar verdades e ameaçar o paraíso...)
A matriarca Abuela é a guardiã da ilusão, do arquétipo da família
perfeita - sublimando problemas num ambiente de muita pressão, competição e
intolerância. Encanto é uma obra para... Desencantar! Confrontar falsidades,
relações para agradar, fingimentos nas relações familiares – porque isso nos
adoece! By Geraldinho Farias
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