quarta-feira, 23 de novembro de 2022

CONSUMO RELIGIOSO

Shoppings imitam parques

Cada vez mais a pregação dos “popstores” – a mistura de pastor com popstar – tem sua equivalência no discurso dos coachs, youtubers e personal influencers.

A ênfase de outrora era a cura – de toda a ordem e sorte, de quaisquer moléstia, dor, doença...

Evoluímos para a busca da prosperidade financeira; ser próspero era finalidade e sentido para a vida.

Hoje pululam textos e vídeos como receitas ou bulas, com soluções fáceis e rápidas para a prosperidade afetiva.

O consumo do mercado religioso é compulsivo e insaciável. A indústria deve se reinventar: Na remoção das crises, do triunfo sobre as fraquezas, na produção de super-crentes, fortes “fakes” e felizes de vitrine. E, nessa toada, muitos templos já se parecem com shoppings. (Igreja em S. Paulo é conhecida pela frase “lugar de gente feliz”, a mesma da rede Pão de Açúcar. Os infelizes, depressivos e sob crises, devem procurar outro endereço...)

Concomitante, em 2019 no varejo, o setor farmacêutico faturou R$ 69 bi; as vendas de antidepressivos e estabilizadores de humor cresceram 31%; multiplicam igrejas e... Farmácias em becos, “quebradas”, praças e avenidas! O 6º maior mercado farmacêutico do mundo terá, depois das curas, da prosperidade financeira, a prosperidade afetiva no Cardápio. By Geraldinho Farias

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