Já excluído da Páscoa - quando cada vez menos é citado ou celebrado - Jesus de Nazaré perdeu espaço para ovos de chocolate e, ao que parece, foi substituído por coelhos, quando a temática é "renovação" e não a ressurreição.
O Natal - originalmente referia-se ao nascimento de Jesus (pasmen!), já
é celebrado sem qualquer resíduo, indício, pista de Jesus de Nazaré. O garoto
propaganda é o "bom velhinho" que usurpou-lhe o espaço e ilustra
exaustivamente os cenários.
O número de presépios montados para simbolizar o nascedouro do Nazareno
tem diminuído - risco de extinção? - não mais tem ornado paisagens de casas,
catedrais ou praças como outrora.
A coisificação contaminou o Sagrado. Não há espaço para a simplicidade e
as implicações da vida proposta por Jesus. Sua presença constrange: Isso talvez
justifique seu sequestro, desaparecimento ou ocultamento das celebrações, reduzidas
a meros feriados para diversão e oportunidades para (mais) consumo.
Não é a falta de Jesus na Páscoa e Natal que não faz sentido, mas seu desaparecimento nos demais 363 dias em nossas vidas! O sequestro de Jesus não é caso de polícia: Acaso seus seguidores não haverá notado seu sumiço, a colaborar com o espetáculo de consumo em tais datas??? By Geraldinho Farias (Publicado originalmente em dez 2021)
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