A insistência dos amigos me fez alucinar sobre Round6 (Netflix, 2021). Ser o produto mais assistido do streaming já me faria arriscar (Curto Tarantino; deixei meu preconceito por k-dramas de lado...)
Nos
aspectos técnicos é autoral, bem construída e dirigida. Choque: Uma ficção tão
real que poderíamos confundí-la com um dos tantos reality shows em curso – seja
na Coréia ou aqui na esquina.
Há
metáforas e críticas que sobressaem sobre nosso modelo de vida e Hwang
Dong-hyuk explora-os: Desigualdade, pobreza, corrupção, se mostram numa
competição extrema e mortal em que 456 miseráveis topam tudo por dinheiro... O
pior de nós sob o Capitalismo insano (já estamos além do “selvagem”). Um
desenho – não um rabisco, garatuja ou caricatura: Todos os desafios são
sangrentos, banais, hemoglobinas e cadáveres na tela etc Humilhações públicas
por grana rendem audiência, né!? Tudo inspirado em brincadeiras lúdicas, sets quais
parques de diversões ou pátios escolares – cenários para o “entretenimento” dos
ricos.
O
deserto de virtudes em que o mundo cão se tornou - Gganbu (6) é o clímax - sem
humanidade, altruísmo, cooperação, respeito, solidariedade com idosos,
mulheres, pobres... Fez de Round6 o protótipo da espetacularização da
violência.
Denuncio: A mistura de sets e jogos infantis tem lamentavelmente atraído a audiência de crianças. Como pais e responsáveis podem admitir que tal conteúdo nocivo para a saúde psíquica seja consumido por infantes??? É o que explica Round6... By Geraldinho Farias
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