Do original “La Enfermedad del Domingo“. Poucas obras produzem impacto
do início ao fim - difícil não ser atraído por seu mistério.
A narrativa é exaustivamente lenta. Roteiro, fotografia, figurino e o
tom transpiram melancolia, na relação mãe (Suzi Sanchez, a gélida Anabel) e
filha (Bárbara Lenie, a abandonada Chiara).
O existencialismo de Sartre está alí: Na desconstrução do romantismo
sobre a maternidade. Relações são construídas, não "automáticas". O
silêncio é gritante entre as protagonistas e cada cena com tom monocromático
confirmam um enredo de tirar o fôlego.
Cedo ou tarde temos de lidar com o preço de nossas decisões. Ausências,
culpas, ressentimentos, amor, relações, luto... Sobre dois mundos. Imperdível!
By Geraldinho Farias
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