A história de Stephanie Land virou best-seller e, agora, chegou às telas. A minissérie Netflix bateu 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Não é pra menos:
Land na série é Alex – muito bem retratada por Margaret Qualley, mas
poderia ser uma das tantas marias mundo a fora – ou, Brasil a dentro – vítimas
de relacionamentos abusivos, mães solteiras, a lutar pela sobre-vivência.
Os tantos percalços, o papel das instituições de acolhimento, os
meandros da Justiça, além de desnudar (e advertir) sobre romances idealizados -
começam como num conto sem fadas até que, sutilmente, progridem à solidão
imposta pelo macho predador.
Nem todas as marias viram Lei, como nossa Maria da Penha, ou a Land, que
conseguiu refazer-se e virou escritora. Zilhões de mulheres são mortas ou
asfixiadas sob o medo de denunciar seus algozes. É o que torna obrigatório este
documento: Um serviço público e humanitário para encorajar mulheres incógnitas
a denunciar e recomeçar.
*Somente neste 2021 o Brasil recebeu a Lei que tipifica o crime de
dano emocional à mulher "mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularizarão, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação". By Geraldinho Farias
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