A Volta do Filho Pródigo - Rembrandt, 1663 |
Um homem tinha dois adolescentes. O mais novo disse ao seu pai: 'Pai,
quero um iPhone 13”. Assim, recebeu o caríssimo presente.
Desde então, se trancou em seu quarto escuro e foi abduzido por plataformas, jogos e apps; lá desperdiçou seu tempo – sofreu cyberbullying, foi invadido por hackers e teve dados roubados.
Depressivo, a internet caiu naquela região; ele sofreu com abstinência,
solidão e isolamento. Por isso foi apoiar-se com internautas de sua rede, que o
condenaram à Deep Web a fim de navegar clandestina e criminosamente. Ele
desejava conexão segura, saciar a compulsão, mas... Deu off-line.
Caindo em si, disse: “Quantos contatos de meu pai têm relacionamentos
humanos e eu, aqui, mendigando rede! Voltarei para meu pai e lhe direi: Pai,
preciso me reconectar com nossa família! Não sou mais digno de ser seu filho;
trate-me como um dos seus clientes”. Então, saiu do quarto escuro e foi para
seu pai, que, da sala, cheio de compaixão, o acolheu calorosamente. E
confessou: “Pai, preciso me reconectar com nossa família!”
O pai disse a todos: “Vamos, marquemos o psiquiatra e o psicólogo para
tratar a dependência digital e a compulsão por jogos e apps! Façamos um
churras, vamos festejar! Pois meu filho era um zumbí e voltou à vida; estava
perdido dentro de casa e foi achado”. E começaram a festejar!
Enquanto isso, o filho mais velho estava lendo no quintal. Quando se
aproximou viu o churras. Perguntou a um parente qual era o rolê. “A balada é
pro seu irmão que saiu do virtual e caiu na real!”, ouviu. Contrariado, disse:
“Pai, sou usuário moderado das redes sociais e nunca fui sequer elogiado. Mas
há festa para este seu filho que ganhou um iPhone 13 e sumiu dentro de casa...”
Disse o pai: “Meu filho, tamujunto! Celebremos a volta do seu irmão porque estava desconectado, e agora voltou aos laços afetivos de nossa familia!”. (Paráfrase Lc 15.11ss) By Geraldinho Farias
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