Nesta segunda 12|12, Guarapuava-PR foi impactada pela morte do Rev.
Arthur, 39. O pastor já não pastoreava há 5 anos, devido ao tratamento em saúde
mental. Seu último ministério foi na Igreja Presbiteriana do Brasil na vizinha
Turvo.
Líderes religiosos não são de acrílico, borracha e plástico
Suas batinas não são capas mágicas
Os rituais que promovem não possuem poderes para blindá-los dos
conflitos e crises da vida
Nos acostumamos a notas de pesares e lamentos copiosos das lideranças
eclesiásticas e dioceses. Mas é pouco. Não deveríamos nos conformar à rotina do
fim autoprovocado de padres e pastores
Parece que as repercussões amargas, com o passar do tempo, esvaem-se sem
que providências humanizantes e permanentes sejam tomadas
As tragédias desnudam que pastores não são anjos ou super-heróis –
necessitam, como quaisquer humanos, de acolhida, afeto, e companheirismo. Não
há fé imunizante contra as turbulências da vida.
Comunidades precisam atentar para cuidar de seus líderes: Pastores
também são ovelhas
Seminários e institutos precisam rever grades curriculares e formação
Ministério pastoral não é mera prestação de serviços sob abusos de uma
carga-horária hercúlea
A engrenagem - pároco, comunidade, diocese, seminário - precisa ser
revista
A realidade confronta as altas expectativas da vida consagrada a se
despedaçar ante as pressões: Pregar sobre o céu e gemer sob dilemas da terra
impõe pathos contínuo
A santidade não deve prescindir da sanidade - reféns de um igrejismo de
produtividade, agendas autofágicas, em duplas, triplas jornadas
Que ministros cuidem, se cuidem e sejam cuidados – não se percam na
solidão dos rituais
Que não negligenciem a própria saúde e o Shabbat (descanso)
Que não resistam à possibilidade de socorro e uso de recursos
profissionais da saúde mental
Todos precisamos de acolhida, afeto, e companheirismo: A fé pode remover
montanhas - nunca humanidades!
Oremos pela viúva Cintia e o filhinho. By Geraldinho Farias
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