quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

JESUS CANCELADO

Em “Jesus Deletado” apontei os "túneis" e tetos de ovos de chocolate nos supermercados e shoppings a anunciar a Páscoa e os mascotes da festa a ocupar todos os espaços: Coelhos ornando vitrines, fachadas, ilustrações.

No Natal é explícito o cancelamento de Jesus de Nazaré. Ano a ano é perceptível a diminuição do entusiasmo na preservação de sua Tradição: Presépios que outrora ornavam paisagens, luzeiros a homenagear a Luz do Mundo, coros e hinódia... Em extinção!

À semelhança da Páscoa, Jesus de Nazaré, sua razão de ser, é substituído pela figura do Papai Noel, o "garoto-propaganda", em sets ambientados em geleiras e trenós.

As duas celebrações do Cristianismo - Páscoa e Natal, viu usurpado, substituído, cancelado sua originalidade: Já não encontramos resíduos, indícios, fragmentos, alusões... A Jesus Cristo.

A presença do Personagem seria constrangedora, inconveniente e contrastante ante a coisificação da festa, o que justificaria seu sequestro, desaparecimento ou ocultamento das celebrações, reduzidas a meros feriados para diversão, descanso e consumo.

Não nos surpreende a simplicidade, solidariedade e generosidade – ênfases do filho do Carpinteiro e da Camponesa, em falta.

(Imagem: Salvator Mundi - Da Vinci, 1490) By Geraldinho Farias

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