Em
“Jesus Deletado” apontei os "túneis" e tetos de ovos de chocolate nos
supermercados e shoppings a anunciar a Páscoa e os mascotes da festa a ocupar
todos os espaços: Coelhos ornando vitrines, fachadas, ilustrações.
No
Natal é explícito o cancelamento de Jesus de Nazaré. Ano a ano é perceptível a
diminuição do entusiasmo na preservação de sua Tradição: Presépios que outrora
ornavam paisagens, luzeiros a homenagear a Luz do Mundo, coros e hinódia... Em
extinção!
À
semelhança da Páscoa, Jesus de Nazaré, sua razão de ser, é substituído pela
figura do Papai Noel, o "garoto-propaganda", em sets ambientados em
geleiras e trenós.
As
duas celebrações do Cristianismo - Páscoa e Natal, viu usurpado, substituído,
cancelado sua originalidade: Já não encontramos resíduos, indícios, fragmentos,
alusões... A Jesus Cristo.
A
presença do Personagem seria constrangedora, inconveniente e contrastante ante
a coisificação da festa, o que justificaria seu sequestro, desaparecimento ou
ocultamento das celebrações, reduzidas a meros feriados para diversão, descanso
e consumo.
Não
nos surpreende a simplicidade, solidariedade e generosidade – ênfases do filho
do Carpinteiro e da Camponesa, em falta.
(Imagem:
Salvator Mundi - Da Vinci, 1490) By Geraldinho Farias
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