Há diversas relações a serem
discutidas. Uma delas é o triângulo escolas - alunos - famílias. Não são
universos separados. Escutando pais, educadores e alunos - sobretudo jovens e
adolescentes, há "movimentos tectônicos" silenciosos de gravidades
variáveis.
Meninos e meninas reclamam que não são compreendidos, valorizados e escutados em casa.
Há um distanciamento de pais e
responsáveis com os profissionais da educação, como se o saber fosse esculpido
de forma espontânea ou casual - e dispensasse participação ativa.
Muitas das vezes são os
professores que detectam comportamentos estranhos, sentimentos e condutas que
requerem mais atenção.
A relação foi invadida por telas
e apps. Muitos ainda não perceberam que precocidade, excessos e não supervisão
(filtro) conspiram contra desempenhos e ameaçam estabilidades.
Educar e formar é missão de pais
e responsáveis; professores agem na complementação, não o contrário. Muitos exigem
dos professores que preencham lacunas deixadas pela omissão doméstica.
Em salas de aula, espaços de
recreios, em confissões e escritas em diários, alunos sofrem, se deprimem, se
automutilam e atentam contra si mesmos de diversas formas - solitárias e desesperadoras.
Escolas não são apenas espaços para os saberes. E seus profissionais nem sempre
possuem o manejo frente a demandas e circunstâncias de riscos.
Educar dá trabalho. Intervenções isoladas aumentam o peso; pais-responsáveis, escolas e seus profissionais, alunos: Precisamos de mais escuta, mais diálogo e mais proximidade. By Geraldinho Farias
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