quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

O FENÔMENO "DESIGREJADOS"

"Jovens 'sem religião' superam católicos e evangélicos em SP e Rio". Indicadores apontam que jovens estão cada vez mais rejeitando a institucionalidade da religião e optando por fazer espiritualidade solo, sem a participação numa igreja

Arrisco algumas alucinações - sem generalizações:

Nossos pais substituíram tempo em família por tempo na igreja, numa "carga horária" exaustiva. Parte é ressentida com religiosidades que separaram cônjuges e separaram filhos de seus pais

Versões segregadoras e preconceituosas – não aceitam todos|as; os “certinhos” são bem vindos, os “diferentes”, banidos

Com os (d)anos, muitos religiosos se tornam anti-sociais ou antipáticos, cultivando relações somente com os da mesma fé; indivíduos são sequestrados do convívio familiar, profissional etc

Eu, o crente: Superior, puro, santo e sabichão; você, que não é da igreja, o pecador, problemático e burro

“Forçações de barra”, imposições, cooptações, chantagens por adesões, disfarçadas de “evangelização”

Não faltam vítimas: Os que foram traídos, julgados, abusados, por líderes predadores a estilhaçar emoções e estimular transtornos

A adoção de práticas de mercado e relações utilitaristas quando o indivíduo é mero cliente ou usuário de um "shopping"

Produtora de regras: Deus é o Senhor dos "nãos”; Jesus não se alegra - só pune ou ameaça

Reivindicação de espaços de poder – comprometimento com partidos e políticos

Simplismos e promessas ilusórias são iscas para manter audiências - em nome de Deus

Prosélitas de seus próprios umbigos: Pretensa possessão do Sagrado; o Divino só faz e acontece exclusivamente nas fronteiras da “igreja X” - as demais, "concorrentes", seriam menos-, sub-, quase ou ½ igrejas... Haja arrogância!

Secularismo e virtualidades invadiram a relação: Crise de pertença

Profissionais da Saúde Mental, dos CDPs e das unidades Fundação Casa sabem o que muitos religiosos profissionais fizeram em verões passados!

O resultado não surpreende: Desigrejados produzidos em escala industrial!

Em 2000 o papa João Paulo II pediu perdão pelos erros históricos cometidos pela Igreja Católica no passado; corporações religiosas no Séc XXI deveriam solenemente repetir o gesto!

Na contramão há líderes e comunidades que sinalizam esperança, simplicidade, mutualidade - acolhendo, socorrendo e transformando pessoas, ambientes e circunstâncias. Preciso afirmar: Também há experiências felizes, estáveis e saudáveis em igrejas! By Geraldinho Farias

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