O filósofo
sul-coreano Byung-Chul Han descreve com precisão cirúrgica o "mal-estar da
civilização": Uma época marcada pela hiperexigência, pela positividade
tóxica e pela auto exploração, a “Sociedade do Cansaço” — quando a
produtividade se tornou religião, o corpo virou máquina e a mente, campo de
batalha. Vivemos sob a ditadura do desempenho. A ordem é performar sempre e a
todo o custo!
A positividade compulsória e a pressão por resultados se tornaram violências silenciosas, invisíveis mas devastadoras — a depressão, a ansiedade e o burnout são sintomas crônicos de um modelo doente. A performance virou moral; o descanso, culpa; o fracasso, crime. O indivíduo não é mais explorado a partir de fora, mas por dentro, num permanente estado de “doping" existencial, em busca de mais - produtividade, beleza, espiritualidade ou relevância digital. O cansaço é modo de existir sob diagnósticos precoces e medicalização plena.