terça-feira, 13 de maio de 2025

OF THE KING THE POWER THE BEST

A experiência religiosa como fenômeno é complexa.

É sempre um risco sua análise.

Num momento em que pesquisas indicam que há mais igrejas que a soma de escolas e hospitais, e, que em breve, a massa do segmento evangélico-protestante será maior em relação ao histórico Catolicismo Romano, assistimos aos virais dos performers mirins.

O “profeta” Miguel Oliveira, de 15 anos, é representativo de algo que sempre existiu em ciclos religiosos cujas vivências são notáveis por altos decibéis e descontroladas expressões emocionais

Onde crianças replicam adultos

As plataformas digitais deram ressonância a algo cotidiano

Bastou um viral e o Profeta Mirim já se tornou celebridade religiosa, ornando painéis de congressos, ilustrando eventos, altos cachês, catapultado à totem que, aos 15 anos, já opina sobre “a” igreja brasileira - "a" é o artigo definido feminino no singular 

O moleke e a menina do iPhone e tantos outros que surgirão dessa fórmula, denunciam um público fraco, raso, acrítico e desprovido de conhecimento – são zilhões de seguidores!

Tais espetáculos são o ponto de encontro entre o charlatão, o mentiroso, enganador - um menor rasga laudos e berra comandos sobre diagnósticos médicos, e pessoas vulneráveis, doentes, carentes, candidatíssimas ao desencanto

Discurso, poder, dinheiro combinados num mesmo espetáculo

Não surpreende a multiplicação de desigrejados e desiludidos com as religiosidades

O Brasil Evangélico é também o maior consumidor de psicofármacos do Mundo

O Brasil Evangélico vê a demanda pelo Caps/Naps e a clientela nos consultórios de psicologia e psiquiatria explodir

O Brasil Evangélico vê a multiplicação de farmácias em cada esquina, beco, avenida, biquera

Que a banalização do discurso religioso e absurdos em nome da fé não firam suscetibilidades. Há aprofundamentos inconvenientes e necessários nessa hora. By Geraldinho Farias

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