A
experiência religiosa como fenômeno é complexa.
É
sempre um risco sua análise.
Num momento em que pesquisas indicam que há mais igrejas que a soma de escolas e hospitais, e, que em breve, a massa do segmento evangélico-protestante será maior em relação ao histórico Catolicismo Romano, assistimos aos virais dos performers mirins.
O
“profeta” Miguel Oliveira, de 15 anos, é representativo de algo que sempre
existiu em ciclos religiosos cujas vivências são notáveis por altos decibéis e
descontroladas expressões emocionais
Onde
crianças replicam adultos
As
plataformas digitais deram ressonância a algo cotidiano
Bastou
um viral e o Profeta Mirim já se tornou celebridade religiosa, ornando painéis
de congressos, ilustrando eventos, altos cachês, catapultado à totem que, aos
15 anos, já opina sobre “a” igreja brasileira - "a" é o artigo definido
feminino no singular
O
moleke e a menina do iPhone e tantos outros que surgirão dessa fórmula,
denunciam um público fraco, raso, acrítico e desprovido de conhecimento – são
zilhões de seguidores!
Tais
espetáculos são o ponto de encontro entre o charlatão, o mentiroso, enganador -
um menor rasga laudos e berra comandos sobre diagnósticos médicos, e pessoas
vulneráveis, doentes, carentes, candidatíssimas ao desencanto
Discurso,
poder, dinheiro combinados num mesmo espetáculo
Não
surpreende a multiplicação de desigrejados e desiludidos com as religiosidades
O
Brasil Evangélico é também o maior consumidor de psicofármacos do Mundo
O
Brasil Evangélico vê a demanda pelo Caps/Naps e a clientela nos consultórios de
psicologia e psiquiatria explodir
O
Brasil Evangélico vê a multiplicação de farmácias em cada esquina, beco,
avenida, biquera
Que a banalização do discurso religioso e absurdos em nome da fé não firam suscetibilidades. Há aprofundamentos inconvenientes e necessários nessa hora. By Geraldinho Farias

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