Está escrito: “Jesus chorou.”
Não está escrito:
“Jesus sorriu.”
Mas Jesus sorriu —
e muito! Certamente o Filho do Carpinteiro e da Camponesa era divertido,
espirituoso, capaz de arrancar gargalhadas, como nos "causos" que
contou - a do maluco que construiu uma casa sobre a areia ou do tio que
acumulou bens em celeiros mas, de imediato, partiu desta, para, digamos,
pior... A pesca maravilhosa, imagino, "cabô im zuêra".
Mas o texto sagrado
cita o choro: O choro de Deus solidário às amigas Marta e Maria, ante a perda
de Lázaro; o choro sobre a Jerusalém insensível; e, por inferência, o choro no
Getsêmani e na Via Crucis — quando enfrentou o peso do mundo.
Jesus mamou, suou,
sangrou e... Sorriu. Sorriu muito. Mas está escrito:
"Je-sus-cho-rou". Os canais lacrimais de Deus são divindade à flor da
pele!
Não há Evangelho
sem lágrimas; não há evangelho tão Evangelho quanto a paulina “chorai com os
que choram.” O Evangelho não é goteira, é cachoeira de lágrimas: Chorar é
Evangelho estampado no rosto!
É preocupante
quando não mais choramos; ou quando choramos seletivamente; ou ainda quando
ideologias definam por quem devamos chorar.
Oremos pelos secos
de lágrimas. Chorar é Evangelho sólido - e líquido! “Bem-aventurados os que
choram.” By Geraldinho Farias

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