quarta-feira, 12 de novembro de 2025

O EVANGELHO "LÍQUIDO"

Está escrito: “Jesus chorou.”

Não está escrito: “Jesus sorriu.”

Mas Jesus sorriu — e muito! Certamente o Filho do Carpinteiro e da Camponesa era divertido, espirituoso, capaz de arrancar gargalhadas, como nos "causos" que contou - a do maluco que construiu uma casa sobre a areia ou do tio que acumulou bens em celeiros mas, de imediato, partiu desta, para, digamos, pior... A pesca maravilhosa, imagino, "cabô im zuêra".

Mas o texto sagrado cita o choro: O choro de Deus solidário às amigas Marta e Maria, ante a perda de Lázaro; o choro sobre a Jerusalém insensível; e, por inferência, o choro no Getsêmani e na Via Crucis — quando enfrentou o peso do mundo.

Jesus mamou, suou, sangrou e... Sorriu. Sorriu muito. Mas está escrito: "Je-sus-cho-rou". Os canais lacrimais de Deus são divindade à flor da pele!

Não há Evangelho sem lágrimas; não há evangelho tão Evangelho quanto a paulina “chorai com os que choram.” O Evangelho não é goteira, é cachoeira de lágrimas: Chorar é Evangelho estampado no rosto!

É preocupante quando não mais choramos; ou quando choramos seletivamente; ou ainda quando ideologias definam por quem devamos chorar.

Oremos pelos secos de lágrimas. Chorar é Evangelho sólido - e líquido! “Bem-aventurados os que choram.” By Geraldinho Farias

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