Na
Sociedade do Espetáculo (Gui Debord) a imposição para sermos atores dos nossos
próprios enredos
Tudo
virou (reallity) show - o nascimento, o mêsversario, o aniversário, o
casamento, o divórcio,... Isto é: "Nasshowmento",
"cashowmento", "showfrimento", "relishowsidade",
"showlidariedade" etc
Narcisos
e Narcisas anseiam viralizar os próprios filmes: Serem premiados com oscars e
grammys
Vale romances, aventuras, suspenses,...
Só
não vale a vida comum, simples, modesta porque equivaleria à invisibilidade na
Idade Mídia - pathos, agonia, morte
Inúmeros
adoeceram ou adoecem em busca da fama
Por
ela vale mentir, falsificar, enganar
Importam
belas violas, sepulcros pintados com Suvinyl - onde tudo o que reluz, é
"ouro" sob filtros, reparações, silicones; belíssimas capas, calotas
lustradas
É
Fantástico, o show da vida!
Aparentar
é modo de existência
Quando
Jó "desistagranizou", seus amigos foram sepultá-lo: Não havia o que
exibir nos stories, reals ou status
Porque
ninguém ostenta dor, sofrimento, perdas... Elifaz, Bildade e Zofar misturam
prosperidade, coach e fé-shion
Desses amigos que sabem tudo, reduzindo complexidades a simplismos e roubando oxigênio dos que estão na lona. Jó inda hoje é um incômodo constrangedor, difícil de carregar! (Imagem: Gustav Doré, 1866) By Geraldinho Farias
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