A nova vibe, skin, viral, trend, “febre”, onda,... É o Bobbie Goods. A criação de livros para colorir de Abbie “Bobbie” Gouveia é um contraponto, um ato de resistência, uma manifestação política no enfrentamento da “sociedade do cansaço” (Byung-Chul Han). Vez por outra percebemos uma volta ao lúdico como oxigênio numa vida corrida, célere, asfixiada por demandas, apps, telas, telas e mais telas!
Foi o jornalista escocês Clarl Honeré quem deu um soco na “vida louca vida” em In Praise of Slowness = Devagar (2005), onde propõe um modelo de vida no tempo certo: Valorização do tempo, qualidade sobre quantidade, resgate do lúdico, reconexões familiares e com o eco. O estilo de vida Slow sugere brincadeiras com artesanatos, improvisos, pés descalços, natureza, pic-nics – sem a intervenção tecnológica.
Depois, nos anos 2020, recebemos as bandejas coloridas de silicones, os anti-stress, os pop its, categoria “brinquedos sensoriais” - imprescindíveis para educadores e terapeutas do desenvolvimento: Ajuda crianças autistas sob ansiedade ou crianças com deficiências, como recurso para relaxar durante sessões de terapia ou exercícios para reabilitação e coordenação motora. Quem não se divertiu “teclando” os pop its?!?!
Colorir ursinhos, cachorrinhos, casinhas, tomou conta de salas de casas, de aulas, hospitais, casas para idosos, clínicas de reabilitação... É um novo soco à vida célere! O sistema nervoso parassimpático ativado para lidar contra o stress, ansiedade, agitação, depressão. Dopamina e serotonina, substâncias do bem-estar, como alternativa ao vício em telas e hiperconexão. Colorir, gesto analógico numa tempo digital, saída real da dramaticidade virtual!
Avec, Bobbie Goods – que seu “mandato” entre nós dure além de um verão!
“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes...” Tg 1.17 By Geraldinho Farias
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