Jogos
de RPG on-line estão criando uma legião de adolescentes
dependentes e levando à especialização do atendimento psicológico e
psiquiátrico no Brasil. Clínicas para dependentes químicos (álcool e tabagismo)
se adaptam à nova patologia. Há semelhanças entre os jogos on-line e
os jogos de azar, como os caça-níqueis. Fenômeno recente, as “drogas virtuais”
mais consumidas são conhecidos como RPG, quando diversos participantes se
aventuram em desafios e simulações de guerras (um dos cenários favoritos) por
muitas horas ou até dias seguidos (Editado FSP 2/9/12).
muitas horas ou até dias seguidos (Editado FSP 2/9/12).
Risco:
não há game-over; o sucesso depende as horas investidas; há um
sistema de recompensas – premia o jogador quando avança para um nível mais
difícil; desafios requerem um grupo de jogadores para lutar contra o próprio
jogo ou entre as equipes, o que os torna responsáveis pelo time e os
desestimula a deixá-lo; rede social – os jogadores interagem em tempo real.
Chama
a atenção a demanda de crianças e adolescentes em consultórios de psicologia e
psiquiatria, além das clínicas psiquiátricas procurados para tratamento.
Jovens
mais impulsivos com dificuldades de convívio social, baixo nível de empatia e
pior capacidade de lidar com as emoções têm alguma chance de se tornar
dependente dos jogos.
É
ou não é vício? O uso excessivo de internet não é, por si só, uma
dependência. O problema é quando prejudica o desempenho escolar, sequestra o
indivíduo do convívio social além do acúmulo de horas para obtenção
de prazer.
Doenças
associadas: O jogo on-line patológico está ligado à depressão,
ansiedade, transtorno de deficit de atenção e fobia social. Pode até piorar os
sintomas correlatos. O tratamento é feito com psicoterapia associada ao uso de
medicamentos antiansiógenos ou antidepressivos.
Pós-tratamento:
O uso de internet não de ve ser totalmente cortado, mas moderado. É importante
os pais participarem mais da vida do jovem e buscar outras atividades que
substituam o jogo.
A
“síndrome midiática” – compulsão pela Net, transtorno já descrito, e o vício em
jogos on-line começa com a ausência de regras, limites que
cabem aos pais no uso ou abuso dos computadores. Evolui para dependência e
compulsão por não conhecermos até onde podemos ir – de mera diversão à
escravidão – a linha divisória é tênue. Pais e educadores devem orientar,
disciplinar o uso, saber dizer não, para que crianças não aumentem as filas dos
consultórios.
(Recentemente atendi a
uma criança que apresentou estas características. O caso me exigiu que
estudasse os jogos MMORPG (=massively multiplayer online roleplaying game).
Fiquei perplexo com o grau de investimento e envolvimento psíquico entre
personagens num drama surreal). By Geraldinho Farias

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