Desempregado. E agora? O desemprego
mexe com as estruturas familiares. Especialmente para homens, uma vivência
dramática - quando por longos períodos e acompanhados de compromissos em curso.
A inesperada notícia traz consigo o desafio de buscar novos caminhos, numa
experiência cheia de expectativas.
Muitos perguntam como se preparar para uma entrevista de emprego. “Vender-se”
ou apresentar-se requer alguns cuidados. Aqui, algumas sugestões para o
enfrentamento deste desafio:
As entrevistas num processo seletivo não são padronizadas. Depende da cultura da empresa, do selecionador etc. Há variações, mas é comum o trajeto a seguir:
Triagem de currículos. Garimpa-se o perfil para a vaga. Quando se trata
de estágio
pode-se pedir testes de português e idiomas.
Atenção para o Currículo que você enviou. Não é um modelo para todas as
empresas. Mas, vários modelos, de acordo com a empresa destinada. Vale lembrar
que algumas características e experiências podem ser ressaltadas para algumas
corporações porque tem peso maior.
Dinâmica de grupo. Exige-se para cargos operacionais ou profissionais em início de carreira. A dinâmica fornece dados como interações em equipe, planejamento etc.
Testes e provas. Há várias possibilidades: Para descrição de personalidade, aptidões, competências técnicas, inteligência, habilidades, domínio de programas tecnológicos entre outros.*
Entrevista com o selecionador e/ou
gestor da área – pode haver reunião com as
lideranças da empresa. (Não há lei que limite o que não deve ser perguntado
nesta etapa. Não se recomenda perguntar sobre religião, filiação a sindicatos e
brigas trabalhistas. Algumas questões podem constranger.)
Perguntas estranhas podem ser usadas
em seleção: Que personagem de desenho você seria?; Que animal você é?; Que cor
melhor representa sua personalidade?; Qual seu grau de esquisitice?
(No livro “Você é Inteligente o Bastante para Trabalhar no Google?” – Ed. Zahar, William Poundstone apresenta a metodologia de empresas como Bank of America e Walmart, e afirma ser tendência o uso de perguntas esquisitas.)
Referências. Levantamento de informações e histórico do
candidato com ex-colegas ou ex-empresas.
Um processo de entrevistas visa três campos: O perfil; histórico; e expectativas/motivações. Algumas dicas sobre como se comportar e o que evitar;
Perfil Há perguntas abertas, como: “Fale sobre
você”.
Pode-se pedir uma lista de qualidades
e defeitos.
Questões sobre o futuro: “Como você
se vê em cinco anos?”
Pode-se navegar sobre questões
pessoais: Quantos filhos, onde mora...
Falar sobre seu ingresso na área de
atuação – como entrou, começou, o que o motivou.
Responda o que foi pedido: Se for
para listar três qualidades, fale exatamente sobre três qualidades.
Prefira sempre a verdade. Seja
autêntico. Não falseie, omita ou exagere dados.
Se for relatar uma circunstância, não
responda se não houver nenhum exemplo.
Evite citar “sou perfeccionista” como
defeito – um clichê que revela o quanto o candidato está despreparado
Se revelar dados pessoais não lhe constranger, responda. Do contrário, se abstenha.
Histórico. Pede-se uma descrição breve de sua trajetória
profissional
Questiona-se sobre responsabilidades
exercidas
Será preciso explicar o motivo da
saída da última empresa e a relação com o líder imediato
Você pode ser solicitado a falar sobre conquistas e fracassos
Expectativas e Motivações Há perguntas sobre o salário
Responder sobre outros processos seletivos
que participa
Dizer sobre o que espera da empresa e
em que posto imagina estar em médio e longo prazos
Fale sobre sua pretensão salarial
Não esconda se participa de outra
seleção
Estude a empresa; missão, visão, valores. (O site fornece informações, histórico e notícias)
Um processo seletivo fornece dados de
como o candidato reage a situações de stress; interações no ambiente de
trabalho; revelam sua “marca pessoal”; como lida com equipe; em que nível
sujeita-se aos superiores; sua capacidade de tomar decisões; seu bom senso e
senso de humor. Sua criatividade e como pensam. Olhe nos olhos e transmita
segurança.
Cuidado com o que publica nas redes sociais. Recrutadores adotam pesquisa em
sua página para conhecê-lo melhor. Bom humor, aparência e linguagem
corporal numa entrevista contarão muito. O universo do processo é bastante
abrangente, cheio de possibilidades.
Espero ter colaborado. Sucesso!By Geraldinho Farias
(*) Os testes psicológicos ajudam o
recrutador a traçar o perfil do candidato – nível de atenção, impulsividade,
raciocínio, resiliência etc. Os testes devem constar da lista do Conselho
Federal de Psicologia; alguns muito comuns: PMK, Zulliger, Raven, Rorschach e
D2; devem ser aplicados por profissional credenciado no CFP.
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