terça-feira, 12 de agosto de 2014

ROBBIN WILLIAMS GANHOU O MUNDO INTEIRO, MAS...

Robin McLaurim Williams (1951-2014)

Foi com desagradável surpresa que recebemos a notícia da morte do ator americano Robbin Willians, com apenas 63 anos. Robbin acumulou todos os prêmios possíveis para um stand up comedy - performer de TV, teatro e, principalmente, cinema. Sua arte é global desde a gênese: Descendia de britânicos e franceses.

Desde os 90 Robbin aprofundou minha condição de cinéfilo. Assisti e re-assistí muitos de seus filmes, alguns marcantes e usados em meu trabalho de terapeuta e conferencista. Aqui, uma lista de peças em cuja atuação predominam humanidade, sensibilidade e expressões virtuosas:

Bom Dia, Vietnã (1987) - No cenário de guerra, o radialista Adrian provoca ciúmes de seu superior. Disputa de espaço e poder. Fora-de-série!

Sociedade dos Poetas Mortos (1989) - Este é um dos meus Top 10! Pela história, pelos personagens, pelo ambiente... Todos os méritos!

Tempo de Despertar (1990) - O neurologista Sayer administra droga em catatônicos. É sobre o tempo perdido (ainda mais com Robert De Niro... Imperdível!).

Gênio Indomável (1997) - Gênio de matemática, um serviçal de universidade debocha de todos os analistas... Até se identificar com o Psicólogo Sean. Diálogos e construções envolventes.

Patch Adams (1998) - Obrigatório entre profissionais da saúde. A vida do palhaço retratada no filme inspira terapeutas no mundo inteiro.

O Homem Bicentenário (1999) - Pelas razões de se conciliar robótica e a sensibilidade humana.

Retratos de Uma Obsessão (2002) - Sobre um funcionário de uma loja de revelação de fotos com distúrbios emocionais que fica obcecado por uma família cujas fotos revelou.

Violação de Privacidade (2004) – Cult. Um enredo espetacular: Um editor de memórias de pessoas já falecidas. Interessantíssimo!

Apesar de milionário, celebridade, premiadíssimo e carreira brilhante, o ator sempre conviveu com o drama da dependência química. Por décadas abusou da cocaína e do álcool; veio às manchetes por seus conflitos familiares; nos últimos anos revelou-se cardiopata; e convivia com um quadro depressivo persistente e profundo.

O Ator faleceu neste 11 de agosto de 2014, aos 63 anos - foi encontrado inconsciente em sua casa, em Tiburon, Califórnia. O ator desistiu... Que pena... William parece ser daqueles que ganhou o mundo inteiro – fama, poder, dinheiro... mas perdeu a própria vida. Chama-nos a atenção para um modelo de vida das celebridades: Tem tudo, não tendo nada. São felizes nos flashes, vídeos e mídias sociais, mas nos bastidores vida depressiva e frustrada. Prova de que o sorriso do Facebook esconde lágrimas oceânicas. A estrela da calçada da fama vive num céu solitário e sem brilho...

Foi um gênio indomável; não foi bicentenário; são retratos de uma obsessão porque não despertou a tempo. Ficam os registros de interpretações idílicas de quem sabia como poucos representar o drama e a comédia. Há pathos visível e presente em seus personagens – também, em sua persona: Um inesquecível e paradoxal “comediante melancólico”. By Geraldinho Farias

6 comentários:

  1. Ótima reflexão!
    Será muito bem aproveitado se vazar por este mundo afora.

    Continue escrevendo.
    Pr. Antenor

    ResponderExcluir
  2. Olá, amigo! Grato por sua generosa apreciação e incentivo. Abraços!

    ResponderExcluir
  3. E verdade Geraldinho!
    Prova de que dinheiro não compra felicidade, paz interior e de maneira nenhuma a salvação ou cantinho no céu

    ResponderExcluir
  4. Excelente, Geraldinho! Digno das melhroes publicações. Uma leitura profunda e sensível, cheia de dicas - tanto escancaradas, quanto nas entrelinhas... Um abraço, my friend. :)

    ResponderExcluir

A SANTA QUE O MUNDO TENTOU APAGAR

Maria da cidade de Magdala - uma vila de pescadores do Mar da Galileia, na Judeia, a popular Maria Madalena, ou, apenas Madalena, é das pers...