![]() |
Robin McLaurim
Williams (1951-2014)
|
Foi com desagradável surpresa que
recebemos a notícia da morte do ator americano Robbin Willians, com apenas 63
anos. Robbin acumulou todos os prêmios possíveis para um stand up
comedy - performer de TV, teatro e, principalmente, cinema. Sua arte é
global desde a gênese: Descendia de britânicos e franceses.
Desde os 90 Robbin aprofundou minha condição de cinéfilo. Assisti e re-assistí muitos de seus filmes, alguns marcantes e usados em meu trabalho de terapeuta e conferencista. Aqui, uma lista de peças em cuja atuação predominam humanidade, sensibilidade e expressões virtuosas:
Bom Dia, Vietnã (1987) - No cenário de guerra, o radialista Adrian provoca ciúmes de seu superior. Disputa de espaço e poder. Fora-de-série!
Sociedade dos Poetas Mortos (1989) - Este é um dos meus Top 10! Pela história, pelos personagens, pelo ambiente... Todos os méritos!
Tempo de Despertar (1990) - O neurologista Sayer administra droga em catatônicos. É sobre o tempo perdido (ainda mais com Robert De Niro... Imperdível!).
Gênio Indomável (1997) - Gênio de matemática, um serviçal de universidade debocha de todos os analistas... Até se identificar com o Psicólogo Sean. Diálogos e construções envolventes.
Patch Adams (1998) - Obrigatório entre profissionais da saúde. A vida do palhaço retratada no filme inspira terapeutas no mundo inteiro.
O Homem Bicentenário (1999) - Pelas razões de se conciliar robótica e a sensibilidade humana.
Retratos de Uma Obsessão (2002) - Sobre um funcionário de uma loja de revelação de fotos com distúrbios emocionais que fica obcecado por uma família cujas fotos revelou.
Violação de Privacidade (2004) – Cult. Um enredo espetacular: Um editor de memórias de pessoas já falecidas. Interessantíssimo!
Apesar de milionário, celebridade,
premiadíssimo e carreira brilhante, o ator sempre conviveu com o drama da
dependência química. Por décadas abusou da cocaína e do álcool; veio às
manchetes por seus conflitos familiares; nos últimos anos revelou-se
cardiopata; e convivia com um quadro depressivo persistente e profundo.
O Ator faleceu neste 11 de agosto de
2014, aos 63 anos - foi encontrado inconsciente em sua casa, em Tiburon,
Califórnia. O ator desistiu... Que pena... William
parece ser daqueles que ganhou o mundo inteiro – fama, poder, dinheiro... mas
perdeu a própria vida. Chama-nos a atenção para um modelo de vida das
celebridades: Tem tudo, não tendo nada. São felizes nos flashes, vídeos e
mídias sociais, mas nos bastidores vida depressiva e frustrada. Prova de que o
sorriso do Facebook esconde lágrimas oceânicas. A estrela da calçada da fama
vive num céu solitário e sem brilho...
Foi um gênio indomável; não foi
bicentenário; são retratos de uma obsessão porque não despertou a tempo. Ficam
os registros de interpretações idílicas de quem sabia como poucos representar o
drama e a comédia. Há pathos visível e presente em seus
personagens – também, em sua persona: Um inesquecível e paradoxal “comediante
melancólico”. By Geraldinho Farias
Ótima reflexão!
ResponderExcluirSerá muito bem aproveitado se vazar por este mundo afora.
Continue escrevendo.
Pr. Antenor
Olá, amigo! Grato por sua generosa apreciação e incentivo. Abraços!
ResponderExcluirE verdade Geraldinho!
ResponderExcluirProva de que dinheiro não compra felicidade, paz interior e de maneira nenhuma a salvação ou cantinho no céu
Excelente, Geraldinho! Digno das melhroes publicações. Uma leitura profunda e sensível, cheia de dicas - tanto escancaradas, quanto nas entrelinhas... Um abraço, my friend. :)
ResponderExcluirRs grato por sua generosidade, amiga.
ExcluirMuito boa reflexão
ResponderExcluir