Em 2 tempos, 18 Presentes (Itália, Netflix – 2020) conta a reconciliação
entre mãe e filha - Elisa (Vittoria Puccini), a jovem grávida de Alessio
(Edoardo Leo), e Anna, sua filha (Benedetta Porcaroli), a descrever uma
história real e tocante.
Sobre o conflito de gerações - expectativas e frustrações, luto,
reabilitações, e o quanto Sig Freud é presente: Em tela o inconsciente, édipo,
a pulsão de vida (Eros), a pulsão de morte (Thanatos),...
O mérito de 18 é a história - uma limonada resultado de uma produção de
baixo orçamento, atores esforçados e um cenário atraente – os limões de
Francesco Amato. Para um drama não tornar-se “dramalhão” não é simples; ocorre
uma desidratação...
É uma viagem no tempo? Um universo paralelo? Um sonho? Uma alucinação do
coma? Uma catarse? Regressão??? Experiências como a da italiana Elisa Girotto,
a mãe real de 18, dão em filme e justificam processos terapêuticos para o
amadurecimento das relações e revisão de traumas.
Um filme para a família – sem palavrões, sexo, violências gratuitas,
para re-descobrir e valorizar a simplicidade do cotidiano. By Geraldinho Farias