Gru ambiciona ser o maior de todos os vilões. Para tanto planeja roubar a lua e superar seu rival Vetor, o ladrão da pirâmide egípcia. Por seu intento, usa 3 meninas órfãs como espiãs, infiltrando-as na bunker inimigo. Com esta trama “Meu Malvado Favorito” foi lançado há 10 anos.
Submetido à rotina de pai - aulas de balé, lições de casa, cotidiano doméstico, Gru começa a sentir afeto por Agnes, Margot e Edith, as órfãs. Sua índole maligna é contaminada por DOÇURA e o filme passa a retratá-lo como um surpreendente pai solteiro.
Meninas frágeis, dóceis, indefesas X homem mal, grande, astuto. Neste contraste somos levados à AMBIVALÊNCIA do personagem e seu refazimento em devolver os produtos roubados e se tornar pai de família. “Meu Malvado Favorito” é uma alcunha PARADOXAL: É meu (!!!), e, apesar de mal, favorito, querido. A ficção comumente retrata o bem X mal como naturalmente conflituosos, bélicos, absolutos. Mas Gru TRANSITA, mesmo que sejam por razões egoístas – perder as meninas. E nos constrange ao perdão de malfeitores em reabilitação.
Nos identificamos na HUMANIDADE do personagem - oscilação, instabilidade,
fronteiras. O ladrão da lua, Vilão Top, revela-se pai cuidadoso e sedutor. Há
uma década desafia nossa (in)tolerância e (anti)empatia para com os que
precisam de segunda chance. By Geraldinho Farias
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