A riqueza de uma
narrativa se dá pelos diversos núcleos numa mesma história: Max (Bobby
Cannavale), um comediante de stand-up enfrenta duas grandes crises - o fim de
seu casamento e o declínio da carreira.
No longa, por Tony
Goldwyn, Max volta a morar com o pai (o sempre perfeito Robert De Niro), a
lidar com a criação do filho de 11 anos, Ezra (William Fitzgerald, simplesmente
realista), diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA). Não é uma
peça meramente sobre um neurodivergente. É sobre diversos aspectos das relações
familiares e suas crises – conjugalidades despedaçadas e paternidades
incompreendidas. Embarcamos numa viagem de pai e filho, não apenas
geográfica..., mas interna - dentro de cada um!
No universo do Espectro não há uma “receita de bolo”. Goldwyn e Spiridakis não sentimentalizam o conto, pelo contrário, encheram-no de realismo e franqueza. (Remete mais ao decano “Raim Man” que ao recente “Atipical”). Max é o super-protetor, inda que com autos e baixos das relações com a ex, com o próprio pai e com o filho. O filme tem em Stan, o octagenário De Niro, a persona por quem se faz e refaz todas os vínculos. Imperdível! By Geraldinho Farias
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