Nunca tantos se casaram; nunca tantos se descasaram! Cerca de 32% dos divórcios no país acontecem após os 50 (IBGE ) – em 2010, esse índice era de menos de 10%. O desembarque sob a maturidade é descrito como “divórcio grisalho”.
O fenômeno do desfazimento das conjugalidades longevas somam-se aos das conjugalidades precoces, recentes, de poucas bodas. O que nos leva inevitavelmente a lidar com mitos decantados ao longo dos séculos no Ocidente Cristão:
Os que se casam sob as bênçãos das igrejas, são “felizes para
sempre”. Os Filhos do Pai (também) estão inflando estatísticas de divórcios...
O casamento dá sentido para a vida – “solteirões/nas” e
solteiros/as sofrem as pressões de se “completarem” num casamento.
Psicoterapeutas lidam com demandas crescentes de cônjuges adoecidos ou
transtornados sob os mesmos tetos.
Cartilhas partilhadas em igrejas e/ou curso para noivos incensam
ingenuidades, “fórmulas” e idealizações que não ornam com a realidade dura e
confrontativa das adaptações, ajustamentos e implicações a que dois indivíduos
diferentes terão de enfrentar.
Hora de rever o amor como "o tudo”, exigência ou condição
suficiente para cumprir votos poéticos proferidos em altares e negados por
quaisquer razões depois. O aumento da expectativa de vida, a sobrevivência com
qualidade pós divórcio, certamente corroboram para a revisão de romances
estéticos e sintéticos ostentados em redes sociais ao custo da saúde, ou...
Manutenções por conveniências. Os que permanecem casados podem afirmar: Há uma
felicidade possível na conjugalidade, mas, nunca per-fei-ta! By Geraldinho
Farias
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