quarta-feira, 7 de abril de 2021

JESUS DE NAZARÉ E O CINEMA

De acordo com a estereotipia dos super-heróis, a composição de sucesso são poderes, atributos físicos, interação com mulheres etc. O personagem mitológico retratado pelos evangelhos passa longe... Mas o Cinema retratou-o. Na maioria das vezes de acordo com a Tradição - à não destoar da construção Ocidental (cabelos longos, olhos verdes|azúis, gestual cauculado etc). Algumas películas:

O Rei dos Reis (EUA, 1961) baseada nos evangelhos, do nascimento à ressurreição, expõe o contexto político da época - a palestina sob domínio romano. Jaffrey Hunter e seus olhos azuis a arrebatar corações, bem caricato: Cristo "robotizado".

O Evangelho segundo São Mateus (Franco-Italiano, 1964). Paolo Pasolini mostra um Cristo revolucionário, denuncista, um homem do seu tempo, por Enrique Enrazoqui.

A Maior História de Todos os Tempos (EUA, 1965), por George Stevens. Natal à Ressurreição. Vasto elenco, ícone Max Von Sydow, seu destaque.

Jesus de Nazaré (Britânica-Itálica, 1977), de Franco Zeffirelli. A + exibida no Brasil à exaustão pela Record. Diálogos longos, épico sob Robert Powell: Nem ao menos pisca os olhos ao longo de 6 horas!

Jesus (EUA, 1979) Fiel ao Evangelho de Lucas, a + apreciada por protestantes. Tríplice direção. Bom figurino e fotografia: Brian Deacon é mais humano, apesar de mecânico - não mostra as orelhas cobertas por cabelos fixos.

O Evangelho Segundo Mateus (EUA, 1993). Por Van den Bergh; Bruce Marchiano faz um Cristo surpreendente: Brinca, sorri, interage sem ares “divinos”.

A Paixão de Cristo (EUA, 2004) de Mel Gibson. Um anglo diferente: Em aramaico, do Getsemani à ressurreição, hemoglobinas expressam (sur)realismo. Jim Caviezel com um bom time. Fotografia, proposta, figurino... Perfeito!

The Chosen (EUA, 2017 – Dalas Jenkins, série para TV). O que há de mais avesso à estereotipia: Personagens despidos de sacralização, rotinas e humanidades expostas. Um Cristo distendido e personagens engraçados. O-bri-ga-tó-rio!

Jesus de Nazaré: Admirável, incontornável e incomparável – sob diversos ângulos e liberto de monopólios e molduras. É a 7a. arte. By Geraldinho Farias

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