Um casal no tribunal, sucumbindo ante acusações mútuas de
infidelidade; uma igreja dividida; uma sociedade desintegrada: Não dá pra medir
os efeitos de uma fofoca, engano ou falsificação em qualquer área dos
relacionamentos.
Desde a chamada “mentirinha” ou uma manobra para encobrir algo
(“omissão”, é o termo técnico), desde a mitomania- o hábito de disseminar
mentiras, contos exagerados, façanhas ilusórias, falso testemunho; passando
pelo desejo maquiavélico de denegrir alguém ou um grupo através da
calúnia e
difamação. A mentira causa estragos as vezes insuperáveis. Sempre dividindo,
implodindo amizades, acionando a desconfiança, destruindo reputações.
Precisamos nos prevenir no caráter para não cultivarmos o
mefistofélico hábito da mentira.
Quem nunca sofreu os danos de uma mentira?
Nem sempre os estragos causados por um mentiroso serão revertidos. Tantos sobreviveram à calúnia todavia, com a tristeza de uma nódoa na biografia. Quão difícil juntar os cacos!
Pessoas íntegras não estão incólumes contra este expediente.
Na Bíblia lemos de José do Egito, acusado falsamente pela esposa de seu patrão, sendo, por isso, penalizado no cárcere (Gn 39.11ss). Os cristãos no segundo século foram acusados de incendiarem Roma, pelo Imperador Nero. Estes casos lembram que não temos blindagem suficiente para não sermos alvejados.
Eis algumas verdades da Fé Cristã sobre a mentira:
“O que sai da boca contamina o homem... Toda a palavra ociosa
que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo” (Mt 15.11, 12.13),
disse Jesus Cristo.
“Pelo que deixai a mentira e falai a verdade”, escrita do
Apóstolo Paulo (Ef 4.25)
“Ficarão de fora (do céu) todos os que amam e cometem a
mentira”, sentencia o Apóstolo João (Ap 22.15).
A Bíblia relata o caso de Ananias e Safira e a consequência
fatal de mentir contra a congregação (Atos 5).
Desde o início – “certamente não morrerás”, disse a serpente à
Eva... Impregnada nas peças culturais: O Lobo Mau engana a Chapeuzinho
Vermelho; nos Mexericos da Candinha, de Roberto Carlos; também na
realidade política - numa destas os EUA atacaram o Iraque, de Sadam Hussein,
alegando armas químicas (inexistentes)... No Brasil, dentre tantas, o então
senador José Roberto Arruda confessa publicamente, após ter negado com
veemência, a violação do painel de votação do Senado (2001).
Apesar de o adágio afirmar que a mentira tem pernas curtas, seu
veneno é letal. A mentira conspira contra a espontaneidade, transparência e
verdade. O mentiroso é superficial, instável e infiel. O argumento para o
Detector de Mentiras, usado em interrogatórios nos EUA - analisa as alterações
psicossomáticas do indivíduo: o ritmo cardíaco, o suor, tremores, olhares
dissimulados, entre outras “pistas”. Se há flagrantes alterações em nosso
estado emocional quando mentimos é porque o Criador nos fez para a verdade!
Muitos lideres tem amargado a obscuridade. Ministérios e
famílias são soterrados através da boataria. Por ingenuidade, conveniência ou
(pasmen!) má intenção, informações inverossímeis são pulverizadas, repisadas.
Mesmo o espaço de defesa assegurado pela Constituição, é quase sempre cerceado
para a vítima. Em pensar que mesmo no nascedouro do cristianismo o clima de
suspeita ambientou a chegada de um neoconverso de nome Saulo de Tarso. Deus
mobilizou uma “tropa de choque” para cercá-lo, e assim, seu passado não
implodiu a gloriosa carreira daquele que desenhou nossas doutrinas, pregou como
nenhum outro e legou 13 livros sagrados... Haja entre nós barnabés e cornélios
do século XXI.
Na verdade, pela verdade e para a verdade- eis a tríade ética a
ser praticada por cristãos em tempos de “babados”, “ti ti tis”, Caras, Contigo
etc. É oportuno registrar que uma das verdades sobre a mentira, é de que o
mentiroso não sofre de nariz que cresce. Se assim fosse, o Nelson Rubens,
aquele do “aumento, mas não invento”, teria um nariz quilométrico. By
Geraldinho Farias
Boa tarde,
ResponderExcluirInteressante essa temática sobre a mentira. Falando um pouco mais sobre a mentira, estudos comprovam que nosso cérebro foi feito para falar a verdade pois, “...Estudos que usaram neuroimagens mostraram que o cérebro das pessoas apresenta uma atividade muito mais intensa quando elas estão mentindo do que quando estão falando a verdade. A maior alteração foi verificada no córtex pré-frontal, o que sugere que mentir exige um controle cognitivo extra para inibir o ato muito mais natural de dizer a verdade.” Extraído do Diário da Saúde.
É a ciência provando o que a Bíblia sempre admoesta: “falai a verdade uns aos outros...”. Quando leio esses relatos, cada vez mais vejo o quão sábio foram essas pessoas inspiradas por Deus para escrever a sua palavra.
Muito oportuno esses textos bíblicos pastor. Agora o processo de “deixar a mentira” para quem já a pratica será uma luta árdua, pois o cérebro dessas pessoas já foram bastante afetados e precisará de um esforço extra. Nada que nosso Deus e Senhor Jesus Cristo não pode curar, afinal, “a verdade vos libertará”...
Gostei muito do texto pastor.
Abraços.
Sven Mages - Boituva