quinta-feira, 11 de abril de 2013

"AMNÉSIA AFETIVA"

O Pensador, A. Rodin

É comum após alguns anos de casamento ouvirmos confissões preocupantes sobre aquilo que denomino “amnésia afetiva”. O par começa a esquecer hábitos simples. Depois, esquecer iniciativas importantes, necessárias à relação conjugal.

Esquecer a data do casamento, do aniversário dele(a), pode acontecer. Uma segunda vez, terceira, e acostumar-se, é prescindir de eventos importantes ao fortalecimento da intimidade.

Esquecer que atrasou no último encontro e repetir o atraso pode magoar sobremaneira e permitir entulhos no caminho.

Esquecer da prontidão, de um socorro em determinados apertos nas atividades domésticas – pode deflagrar uma situação tensa, até um fosso entre ambos...

Esquecer as lições de como superaram a última crise, pode lançar o casal em reclamações e culpabilidades mútuas, prorrogando uma nova superação.

Esquecer que perdoar é estabelecer uma relação nova; recomeço, aceitar novamente. Resgatar da “lixeira” vivencial um ato indelicado que magoou o outro(a) e “jogar na cara” é sintoma de não-perdão. A criação de um “arquivo-de-erros-alheiros” e seu costumeiro resgate é andar em campo minado.

“Amnésia afetiva” é perigosa. Pode arrefecer (=esfriar) práticas lúdicas ou essenciais à saúde relacional. Por isso é bom avaliar-se. Costumamos avaliar o outro(a) – seus erros e defeitos e, portanto, culpá-lo(a). Disso devemos lembrar: O casamento pode ser melhor, depende muito, mas muito mesmo... de você. By Geraldinho Farias

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