O Pensador, A. Rodin |
É comum após alguns anos de casamento ouvirmos confissões preocupantes
sobre aquilo que denomino “amnésia afetiva”. O par começa a esquecer hábitos
simples. Depois, esquecer iniciativas importantes, necessárias à relação
conjugal.
Esquecer a data do casamento, do aniversário dele(a), pode acontecer.
Uma segunda vez, terceira, e acostumar-se, é prescindir de eventos importantes
ao fortalecimento da intimidade.
Esquecer que atrasou no último encontro e repetir o atraso pode magoar
sobremaneira e permitir entulhos no caminho.
Esquecer da prontidão, de um socorro em determinados apertos nas
atividades domésticas – pode deflagrar uma situação tensa, até um fosso entre
ambos...
Esquecer as lições de como superaram a última crise, pode lançar o casal em
reclamações e culpabilidades mútuas, prorrogando uma nova superação.
Esquecer que perdoar é estabelecer uma relação nova; recomeço, aceitar
novamente. Resgatar da “lixeira” vivencial um ato indelicado que magoou o
outro(a) e “jogar na cara” é sintoma de não-perdão. A criação de um
“arquivo-de-erros-alheiros” e seu costumeiro resgate é andar em campo minado.
“Amnésia afetiva” é perigosa. Pode arrefecer (=esfriar) práticas lúdicas
ou essenciais à saúde relacional. Por isso é bom avaliar-se. Costumamos
avaliar o outro(a) – seus erros e defeitos e, portanto, culpá-lo(a). Disso
devemos lembrar: O casamento pode ser melhor, depende muito, mas muito mesmo...
de você. By Geraldinho Farias
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