quarta-feira, 27 de junho de 2012

PRÁ INGLÊS VER

Do pensamento do  Dr. A. W. Tozer, líder e teólogo do nosso tempo, podemos concluir: A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo. Como a água não pode subir mais alto que o nível da sua fonte, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ser mais elevada que o motivo que o inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um motivo mau pode ser bom, ainda que algum bem pareça resultar dele.

Concordamos com o fato de que muitas das atitudes religiosas são motivadas pela inveja, ambição, vaidade, concorrência... O indivíduo não sabe lidar com o fato do não-ter. Daí fecha-se para não contentar-se com a alegria do outro. No exterior até concorda, mas no íntimo está contrariado e infeliz.

Os fariseus dão-nos lições sobre os riscos decorrentes de um motivo escondido:
Oravam, jejuavam e davam esmolas “prá inglês ver”; marqueteiros da fé, técnicos da religião, profissionais do templo, condenavam e denunciavam o pecado nos outros, e o faziam por motivo de seus corações impermeáveis. Os cristãos, especialmente os muito ativos, devem sondar o seu íntimo, a fim de conferir seus motivos, aconselha o Dr. Tozer. Sem isso...

Muitos solos são cantados para exibição
Muitos sermões são pregados para destacar o pregador
Muitas grupos surgem pelo desejo de um líder rivalizar com outro
Comunidades se multiplicam a partir de divisões rancorosas em “nome de Deus”
Números são exibidos como marketing para demostrar poder e domínio do líder
Líderes com ciúmes pela prosperidade da comunidade do outro
Testemunhos – contos manipulados e exagerados - lançam refletores sobre quem os conta
Tantos torcendo o nariz pelo que dá certo e torcendo contra, por motivos vis, nos porões do coração – como o irmão do Filho Pródigo: Coração fechado não celebra.

Eis um alerta: Evite a armadilha da atividade vazia. Compareça diante de Deus com a Bíblia aberta em I Coríntios 13. O que achamos mais importante e elevado; o que investimos de energia, tempo e dinheiro; o que reputamos como o mais nobre ministério: Se não for motivado pelo amor é inócuo, fútil e vazio. Sem amor profetas, mestres, oradores, filantropos e mártires são dispensáveis.

O lobo devorador pode caprichar na roupa de marca da mais pura lã - profetizar, expulsar demônios e fazer maravilhas; poderá nos impressionar e encher nossos olhos, mas, Jesus alerta que aí pode estar um ímpio profissional (Mt 7.15-23).

Diante de Deus não “o que”, mas o “por que”, será a pergunta. Seremos julgados não tanto pelo que fizemos, construímos ou produzimos, mas pelos motivos que nos levaram a fazê-lo. Os olhos de Deus - mais investigadores que ressonância magnética, focam antes nossos motivos. Produtividade, ativismo, conspiram contra a piedade da vida autêntica!

Quais os motivos da viúva pobre ao dedicar a oferta em Lc 21.1-3, e da mulher que banhou Jesus com o perfume, em Mc 14.3-9?  O “examine-se o homem a si mesmo” é algo para além da Ceia. Implica em fazer todas as coisas em nome do Senhor Jesus (I Co 10.31). Por qual motivo a expressão 'tornar-se criança' foi empregada pelo Cristo? Por causa do... Motivo, das intenções do coração. O motivo, o que há por trás, no íntimo: Seremos julgados por eles. By Geraldinho Farias

Um comentário:

  1. Falou bonito, meu caro Geraldinho!
    Quais os motivos que fundamentam as nossas motivações?!
    O que é ser grande ou ser pequeno diante de Deus?
    Paulo afirma que: quem colheu pouco, não colheu de menos e o que colheu muito não colheu demais... Na prova final, a nossa nota será
    pelo peso ponderado: vale mais uma alma, do que
    todas riquezas do mundo! Esse Nazareno sabe que o que diz. É melhor, na dúvida, consultá-lo.
    Estou com o Tozer, estou contigo Geraldinho!..

    Pr. Abel

    ResponderExcluir

A SANTA QUE O MUNDO TENTOU APAGAR

Maria da cidade de Magdala - uma vila de pescadores do Mar da Galileia, na Judeia, a popular Maria Madalena, ou, apenas Madalena, é das pers...