domingo, 26 de março de 2023

A BALEIA (EUA, 2023)

Assisti A Baleia (EUA - 2023), de Darren Aronofsky. Dar tela a invisíveis sociais é uma das missões da 7ª. arte – aqui um obeso mórbido ilhado por culpa e conflitos familiares.

O protagonista, Brendan Fraser, é perfeito: Charlie fala com seu olhar melancólico. Os coadjuvantes não ficam devendo. Hong Chau (Liz) oscila entre amiga fiel e enfermeira competente, mediadora nos relacionamentos conflitantes entre todos os personagens - deprimido e suicida, o professor tenta aproveitar seus últimos dias pra se reconciliar com a filha hostil (Sadie Sink).

Precisamos sobreviver à claustrofobia do roteirista, Samuel D. Hunter: O set é único - um apartamento pequeno, bagunçado, sujo e escuro, que denuncia com exatidão o espírito de seu morador. O conjunto salvou a obra de ser “dramalhão”: Nem sempre diálogos arrastados e ritmo lento equivalem a prejuízos no trama.

Reduzir o filme à gordofobia (sim, reforça o estereótipo) e homoafetividade, é não explorar suas nuances humanísticas: De não perdermos a convivência, tolerância, empatia e interesse pelo outro diferente, estranho, uma das nossas grandes fronteiras.

(Muitas vezes religiosos falham em ver o outro apenas como um adepto em potencial. E só. Por isso, a crítica). By Geraldinho Farias

Nenhum comentário:

Postar um comentário

CLOSE (2022)

É desafiador abordar temas complexos. Podemos discutir o "como" o roteiro (Lukas Dhont) foi tocado - entre a primeira e a segunda ...