quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

SÉRIE: OS QUATRO OLHARES DO NATAL

Na 5a. reflexão sobre o Natal compartilho os olhares daqueles que participaram diretamente do nascimento de Jesus, o Natal original, a matriz de nossas representações simbólicas e espirituosas desde então. Para que tenhamos um “quadrilátero” de ações nesta festa, devemos pois, perceber os quatro olhares daqueles que lá estiveram:1. O Olhar de Cima: A narrativa lucana (2.13,14) descreve “de repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”.

 

Em cena, a) uma milícia (associamos exército à guerra) que de forma anuncia paz! b) Uma manifestação angelical sobre um nascimento tão humilde prova que uma nova era é inaugurada! E c) o recado da graça de Deus de cima para baixo, qualquer que seja o fraseado expresso aqui:

Paz na terra aos homens: A quem ele quer bem; a quem Ele concede o seu beneplácito; aos quais Ele concede o seu favor...

O olhar dos anjos é ponte entre dois movimentos na natividade: A glória é de Deus, a paz é dada para os homens por iniciativa dEle!

2. O Olhar de Baixo É o olhar dos pastores. “Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles...” (Lc 2.8,9). A glória do Senhor ao redor deles era a irradiação incial do que estaria por vir: A Boa Nova anunciada pelo Anjo!

O Evangelho, isto é, as boas notícias, não são primeiro para rabinos, aristocratas ou para a elite do Templo – os sacerdotes nem mesmo para o Imperador que ansiosamente aguardava por eliminar qualquer “concorrente” do trono. Mas primeiro as boas novas são para os pastores, para os simples e desvalorizados camponeses!

“As novas trazidas” que seriam “para todo o povo”, teve primeiro como testemunhas os pastores. O privilégio da visão angelical resplandecente coube aos homens do campo!

3. O Olhar do Lado Nos planos de Yahweh, o Natal é compartilhado bem de perto pelos Magos do Oriente: "E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém... E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra." " Mt 2:1,11 Yahweh os guia na travessia até Jesus – Porque não discrimina, e porque a mensagem do Natal é justamente romper barreiras étnicas-sociais e religiosas.

Não é mero detalhe da crônica do Natal que Yhaweh convide especialmente uma caravana de astrólogos pagãos para testemunhar de perto o nascimento de Jesus. Ou seja: São pagãos – e não religiosos os primeiros a se renderem e prestar homenagens e bens ao Menino Jesus! Porque todo o joelho se dobrará e toda a língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor (Fp 2.9-11). Mais uma vez não são a elite religiosa – sacerdotes e fariseus, nem a dinastia real...

4. O Olhar de Dentro – José e Maria. O Natal é uma saga cheia de tensões. Os sinóticos descrevem um casal lutando pela sobrevivência. São nativos, simples, tementes a Deus. Após escapar a um Censo que bem poderia provocar o aborto ou o assassinato de seu filho, etapas bem difíceis para recém-casados, eis que cabe a eles o olhar de dentro!

Nenhum pai ou mãe jamais teve em suas córneas, íris e retina a experiência única, irrepetível e singular de receber nos braços e ofertar os primeiros cuidados maternais e paternais a um humano tão especial: O Deus encarnado.

Aplicação

Ao celebrar o Natal, portanto, devemos agradecer com os olhares que a crônica nos oferece pelos evangelhos: O olhar de cima – dos anjos, de baixo – dos pastores, do lado – os magos, e de dentro – dos pais de Jesus.

A própria elaboração convida a: Cantar louvores, viver a simplicidade, oferecer bens e participar de forma íntima do Cristo! Esse é o “quadrilátero” de ações neste Natal. By Geraldinho Farias


Um comentário:

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