Trocando
ideias sobre o treinamento e aprimoramento de equipes, atento ao fato de que
uma das grandes reclamações nas comunidades eclesiásticas – seja católica ou
evangélica – são problemas relacionados aos grupos de música – conhecidas como
“ministério de louvor”. Nenhuma pretensão em ser um aprofundamento
definitivo.
Pensando
num diálogo circular, sugiro a aplicação do teste a seguir, com os
participantes do ministério em sua igreja-paróquia, editando-o com os aspectos
particulares de sua realidade:
1.Ao
escolher uma música você considera:
(
) Sua preferência pessoal
(
) O resultado que poderá obter com a Congregação
(
) A que for escolhida é porque tem condição
( )Sempre concordo com as preferências de quem indicar a letra
2.Em ordem de importância, o que você considera
numa música?
(
) Nesta ordem: O ritmo, o arranjo, a letra, a fonte
(
) O Hit Parade – “bombando” no rádio ou internet?
(
) Nesta ordem: A letra, a fonte, o arranjo, o ritmo
(
) Nesta ordem: As que tem refrões fáceis de decorar
( ) Nesta ordem: A letra e conteúdo, o que
acrescenta, ensina; demais aspectos secundários
3.Assinale
o que você considerar importante: Sobre a “ministração” deve ocorrer sob estas
condições:
( )
Pra que? Redundância: Diz o que a musica já dirá por si mesma.
(
) Deve acontecer porque tem que acontecer. Tem que ter.
( )
Ao usar textos bíblicos ninguém erra
( )
Exige preparo: Sobriedade, equilíbrio. De preferência, o uso da Biblia.
( )
Ali, no meu improviso e empolgação, falarei algo
(
) Não deve ser o que de fato não é: Não deve ser intercessão,
pregação ou testemunho – No culto já há períodos que correspondam a estes atos.
( )
Não é obrigatória. Pode não haver, porque não?
(
) Ao exagerar, o condutor deve ser repreendido ao final
(
) Nunca deve ser abusiva em relação ao tempo da reunião; nem
cansativa em relação aos ouvintes
(
) Uma reflexão muitíssima breve sobre o assunto ou ênfases da
musica
(
) Todas as alternativas tem algo a ser considerado
4.Simulação:
Durante um ensaio, uma música toma tempo excessivo além do previsto. Você:
(
) Sugere que seja trabalhada melhor noutro momento com mais tempo e
paciência
( )
O tempo é tomado porque muita gente opina e, ao acrescentar novos acordes,
efeitos, o tempo esvai-se... Isso deve ser revisto.
( )
Terá de sair, afinal, estamos sendo provocados: Acho sempre que conseguiremos –
o tempo que for!
(
) Sugere que a substituamos por outra mais simples
5.Num
ensaio que dura, em media 2 horas, escolhemos ensaiar 4 musicas para
apresentar. Mas, as 2 primeiras toma quase 2 horas. Você:
(
) Sugere que se apresentem as 2 prontas: Deus merece o
melhor!
(
) Aceita que se estenda o ensaio até que se complete as 4 – É
questão de honra!
(
) Sugere as 2 prontas e aceita outras 2 mais simples,
estendendo um pouco mais o tempo.
(
) Sugere as 2 prontas e que as replique (repita) na
apresentação, afinal, Deus merece o melhor!
6.Simulação:
Vivo um problema de relacionamento pessoal com outrem (profissional, familiar
ou conjugal,...). Estou escalado para o treinamento e posterior
apresentação na congregação. Minha conduta é:
(
) Compromisso é compromisso. Devo cumprí-lo
(
) Resolverei o problema antes do processo – treinamento +
apresentação
(
) Evito essa situação pois o Ministério requer isso: Estar
apto. Sempre.
(
) Problemas relacionais todos tem; não fará diferença nenhuma
acertar antes da tarefa.
7.Enumere
o que você considera um verdadeiro escândalo:
(
) Na Igreja Evangélica XPTO o grupo de músicos decidiu orar
aos domingos, às 8 horas da manhã, uma vez por mês. Mas a iniciativa
acabou por absoluta falta de adesão dos proponentes...
(
) O grupo da Igreja XYZ se acostumou a tratar com tamanho amor e
zelo os indisciplinados - aqueles que quebram as regras estabelecidas pela
equipe: Comparecer atrasado ao ensaio, não comparecer à reunião,
ignorar a escala - sendo incapazes de repreendê-los
( )
Alguns componentes do Ministério Quanta de Adoração não considera importante o
preparo prévio, antes da apresentação – oração, dialogo, ajustes finais.
( )
Na Igreja Evangélica Atsitab os componentes da equipe não se importam com a
roupa com que se apresentam – usam de mini-saias a calca-cintura-baixa, afinal,
“o que vale é o coração...”
(
) Nenhuma das alternativas anteriores é suficiente para merecer a nossa
atenção, afinal, não somos um grupo perfeito
(
) Todas as alternativas anteriores configuram graves deslizes e devem ser
combatidas de alguma forma com medidas preventivas e orientadoras para que não
ocorram ou corretivas para que jamais façam parte de nossa conduta
8.Recebo
a escala do mês com antecedência. Vejo meus compromissos. No que concerne
à falta e/ou possível substituição na equipe, o que considero importante:
( )
Pode acontecer. Evito o máximo, afinal, a escala existe para nossa organização.
(
) Essa questão passa pela vocação, dom, e senso de serviço a Deus
e a Igreja. Ou seja: Muitas substituições na escala, sem qualquer
consideração ao líder/grupo revela que a equipe está repleta de
não-vocacionados!
(
) Em meu histórico, isso só ocorre por motivo de força maior e, ainda
assim, comigo tentando superar obstáculos. Ou seja: Se eu for substituído
é que não deu mesmo (para participar).
(
) Se alguns faltam por qualquer motivo, eu também tenho meus
direitos
9.Sobre
a proporção do Culto:
(
) Deve ter mais oração – falar com Deus vem em primeiro lugar
(
) Deve ser proporcional: Cada parte tem sua importância
(
) Deve ter mais musica
(
) Deve ter mais pregação – a parte mais importante
10.O
que você considera ideal:
(
) Técnicos sem piedade e amadores sem técnica revelam o
desafio do re-alinhamento no ministério
(
) Técnicos de música sem comprometimento –
afinal, o que é bonito são músicos que sabem tocar/cantar
(
) Vocacionados amadores comprometidos com a igreja – pode não ser
tão bonito quanto os profissionais, mas agrada a Deus
(
) Que se busque técnicos piedosos e aprimore amadores
11.
Participar do Estudo Bíblico no domingo revela:
(
) Confere autoridade ao grupo e demonstra
aplicação em crescer com a Comunidade
(
) Se alguns não acham importante, ignorando esta prática, porque eu
deveria me aplicar em participar também?
(
) Sou chamado para tocar e cantar, estudar a
Bíblia não vem ao caso
(
) Tem tudo a ver: Cantar, tocar, estudar a
Bíblia!
12.Sinto-me
adulto e maduro para:
(
) Afirmo e reafirmo que todos os que participam do meu grupo
devem promover, defender e viver as normas por ele estabelecido ao longo de sua
jornada
(
) Me esforço ao máximo pra ser
apto; é meu dever, se quero bem servir a Deus através de meus dons
(
) Não sou tão cumpridor das normas, mas não acho
isso nenhum agravante
(
) Ser exemplarmente cumpridor é para o líder;
isso não se aplica a mim
(
) Se tolerarmos pequenos descumprimentos sem justificativas
cabíveis, será o inicio de declínio; o grupo poderá acabar
13.Se
ouvir algum comentário/opinião/crítica ao grupo que participo, a melhor
reação é...
(
) Problema do líder que deve rebatê-la,
esclarecê-la
(
) Sinto-me implicado. Sou do grupo, é
meu dever defendê-lo
(
) Sou indiferente
(
) Em qualquer situação que diz
respeito ao meu grupo, tenho algo a colaborar
14.Ao
ser inquirido porque – as razões pelas quais eu participo da Equipe de Músicos,
eu responderia:
(
) Gosto, procurei, fui aceito e tô aqui
(
) Vocação, convicção
(
) Estou experimentando, aguardo confirmação
(
) Participo porque é o grupo que mais aparece na
igreja
(
) Estou numa boa turma – a dos
músicos
15.Até
onde isso repercute na minha vida:
(
) Tudo o que faço, penso, expresso e como me
relaciono. Tudo a ver
(
) Minha semana, cotidiano, nada tem a ver com o
serviço cristão que realizo
(
) Normal. Um serviço como qualquer um outro.
(
) Exige mais conduta, responsabilidade,
proporcional à vitrine (exposição)
(
) Está acima e além do que consigo
16.Sinto/percebo
que minha vivência no grupo:
(
) Acrescenta pouco em alguns aspectos: relacional, amizade e
espiritualidade; mas...
Acrescenta
muito em alguns aspectos: técnico e musical
(
) Acrescenta pouco em alguns aspectos: técnico e
musical; mas...
Acrescenta
muito em alguns aspectos: relacional, amizade, espiritualidade
(
) Acrescenta muito em todos os aspectos
17.Há
algumas reclamações dos participantes do culto quanto aos ruídos – som alto,
durante a apresentação da equipe. Você se posiciona assim:
(
) Devemos considerar as reclamações. É nosso dever rever
a altura dos equipamentos
( )
A equipe ajusta de acordo com o que é ideal para a apresentação. O que importam
são equipamentos, instrumentos e vozes!
(
) Num ambiente com crianças e idosos, nem sempre agradaremos a todos.
Mas, há algo a ser feito
(
) Bom senso e equilíbrio, quando se trata de culto e adoração, sempre são
bem-vindos
18.Sobre
o que deve predominar nas reuniões públicas:
(
) Somente músicas do gospel – hinetos e
recentes
(
) Somente músicas do Hinário – HCC ou CC
(
) A diversidade deve ser considerada: Mesclar as antigas/tradicionais do
hinário com hinetos e recentes
( ) De acordo com a preferência do grupo – cantores e instrumentistas. A comunidade tem que acompanhar quem faz o som!
Agora
discuta em grupo os resultados apresentados por cada membro de sua equipe.
Lembrando que a regra é a discussão – não necessariamente há apenas uma
resposta nas questões apresentadas. Bom proveito! By
Geraldinho Farias – PIB Boituva|SP
Gostei muito do questionário. Além de objetivo, muito reflexivo. Parabéns pelo post. Ajudou bastante.
ResponderExcluirOlá, pr. Geraldo, boa tarde, paz! Meu nome é Carlos Wagner Alencar Pinheiro, sou pastor e ministro de música da PIB no Cruzeiro Novo - DF. Eis algumas questões, que não põem em demérito seu trabalho, mas é no intuito de enriquecê-lo:
ResponderExcluir1) Na primeira questão, que versa sobre a escolha dos cânticos, ficou de fora um quesito importante na múltipla escolha: a LETRA.
2) Na questão dois, melhor seria colocar em ordem de importância, ao invés de escolher um.
3) A partir da terceira questão está bem completa.
4) Na questão cinco me veio à mente algo que sempre acontece com nossos irmãos em qualquer que seja o ministério: "estou passando por um problema, vou sair do ministério, dar um tempo e, quando resolver o problema, eu volto". Estou cansado de ouvir e ver este tipo de posicionamento... Eu creio que, como crentes que temos relacionamento direto com o Pai, mantendo comunhão com Ele, devemos sim, resolver o problema, mas sem sair da sua atividade ministerial. É como se nosso inimigo conseguisse nos parar de servir ao Senhor na desculpa de "resolver" o problema. Lembro, quando o apóstolo Paulo falava sobre a Ceia em 1º Coríntios 11: resolva o problema e tome a Ceia; não houve proibição...
5) Algumas questões sugerem mais de uma resposta. É esta a intenção?
No mais, parabéns pela iniciativa; é algo a ser feito em nossas igrejas, em cada ministério, adaptando-se as questões, é claro. Deus te abençoe!
Caríssimo amigo: Que riqueza seu manifesto! Sua experiência soma com a iniciativa. Assim que puder vou refazer o questionário aproveitando sua valiosa contribuição. Grato por sua generosa apreciação.
ExcluirParabéns pela elaboração deste questionário, Pr. Geraldo Farias de Souza! Excelente!
ResponderExcluirTive a liberdade de acrescentar mais um ponto, que normalmente traz conflitos entre músicos e líderes das comunidades. Me permita fazer também esta sugestão:
Quando o período de ministração dos louvores termina, a postura dos músicos/vocalistas em relação ao culto deve ser:
( ) Sair imediatamente e beber água, ir ao banheiro e dar uma voltinha para recuperar o fôlego. A final, ninguém é de ferro.
( ) Devo retornar ao meu assento no templo, a fim de dar continuidade a minha adoração a Deus
( ) A nossa tarefa é fazer o louvor (tocar/cantar), depois disso, não tem importância ficar no templo ...
Fica como dica! Vlw! Deus abençoe!