sexta-feira, 1 de março de 2013

UM MAR DE PNEUS

Imagem: Edward Burtynsky
Só em 2010 (IBGE) houve o recorde de 351 mil divórcios no Brasil. Já não se trata de um processo epidêmico (num extrato específico da sociedade numa região), trata-se sim, de uma pandemia = problema generalizado em todo o país, entre todas as classes e entre as mais diversas siglas religiosas. E casar sob uma agremiação religiosa já não fornece blindagem ante a dura realidade: Os índices entre evangélicos rivalizam ao de católicos por exemplo. 

Nas denominações evangélicas - históricas ou recentes, o fenômeno já iguala líderes a
párocos. Aqui, uma tentativa diagnóstica: 

A explosão do número de casórios, acompanhada da implosão das famílias, denunciam a falta de preparo de jovenzinhos imaturos e precipitados para a mais profunda das experiências relacionais.

A erosão relacional só tende a crescer. Casais se preparam pra fazer bonito na festa de casamento – um encontro cada vez mais social (menos espiritual), onde fortunas são gastas pra exibir um espetáculo hollywoodiano, em detrimento de pouco ou nenhum investimento relacional prévio...

O drama a que filhos são submetidos, vítima da separação e as demandas de uma vida em desequilíbrio, descreve a pandemia de separações.

Muitos casais subestimam probleminhas, embriões de problemões futuros.

Outros investem no “deixa como está para ver como é que fica”. O equívoco de pensar que crises serão estabilizadas naturalmente é prática ingênua. “Com o tempo tudo se resolve”, diziam antes do divórcio.

Já outros tentam acertar reiteradas vezes em silêncio, sozinhos – dispensam mediações necessárias e apaziguadoras para conter crises - se acham bastante até ser tarde demais... Preferem a agonia entre quatro paredes que a partilha amiga com aqueles em condições de colaborar na recuperação. Fazem o jogo-duplo: Fora, prá torcida, sorriso de Facebook; em casa, vulcão em erupção!

Há campo vasto a ser explorado na ante-sala. Apostemos na prevenção:

Desconsiderar a fé cristã e o envolvimento com a igreja de ambos;

Não conhecer razoavelmente – carreira, preferências, família etc.;

Pular etapas;

Ser impermeável à instrução bíblica;

Não buscar a confirmação de Deus – através da koinonia, oração e bênção dos mentores;

Não avaliar o projeto de vida dele(a)...

Entre outros fatores, são indícios temerosos. Muitos pombinhos ainda contribuirão para banalizar ainda mais a sagrada união.

O casamento não é um “mar de rosas”. Mas também não precisa ser um “mar de pneus”. Há experiências conjugais em nosso entorno que são inspirativas e motivadoras. Nas afinidades, afetividade; nas diferenças, respeito e ajustamento. É possível viver a conjugalidade de forma equilibrada e feliz.

Se o casamento é uma decisão para toda a vida, nenhuma outra decisão deveria ser tão bem refletida, ponderada, apoiada e confirmada naqueles que nos amam em Cristo.

Ao mínimo sintoma de que algo está em risco, procure socorro. É preciso ser humilde pra reconhecer que não sabemos tudo e não acertamos sempre.

Um mar de pneus é uma cena simbólica para a explosão de divórcios: É violenta, inconsequente, inquietante e, acima de tudo, nos inquieta à providências. 

Ore por sua família. Se envolva com a Igreja. 

Avalie sua conduta pra ver onde você pode melhorar na vida a dois. 

Participe dos programas que objetivam o fortalecimento de sua família - isso inclui ler bons livros, assistir filmes fortalecedores. 

Melhorar depende de mim e de você. By Geraldinho Farias

Um comentário:

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