terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

RACHADURAS NUM CASTELO


“Nenhuma rachadura é pequena demais num castelo” – Martinho Lutero. Essa frase encerra uma solene advertência: Não ignore os sinais de desgastes, ainda que mínimos, numa grande estrutura.

Faz parte de nossa cultura o “deixar para a última hora”. Subestimamos o tempo, não nos organizamos e vivemos o desespero do último dia para enviar a declaração do Imposto de Renda, fazer matrícula, a inscrição  etc. Ao deixar pra depois, muitas vezes, perdemos oportunidades ímpares, consolidando cada vez mais a caricatura de atrasados, relapsos.

Numa residência somos expectadores de um problema de manutenção mínimo. Costumamos conviver e assistir. Quando resolvemos solucioná-lo, o prejuízo está posto: Gastamos mais e demandamos mais tempo para a correção.

Temos o hábito de remediar problemas de saúde. Não investimos em prevenção, depois, acometidos de enfermidade e colaterais, vamos às pressas ao médico...

Há penalidades para o pagamento de contas vencidas.

O conserto de um equipamento ou revisão de um problema doméstico, ainda que custe o transtorno, dá para solucionar.

Um problema de saúde, exceto casos gravíssimos, é superável – com remédios, delongas e idas ao médico.

No casamento brincar com o perigo pode ser fatal! Nos assustamos quando sabemos do divórcio de um casal querido. Não podemos seguir o padrão do improviso, de providências tardias. Consideremos:

Muitos erram ao “deixar como está prá ver como é que fica”. Muitas encrencas de casal não se arrumam “naturalmente”. Não é o tempo que arruma uma família.
Muitos casais negam as trincas existentes na relação. Essa auto-anestesia, sublimação, apenas posterga iniciativas pontuais de melhoras.

Há sinais, sintomas, que de início são mínimos mas que são deflagradores de tensões gigantescas no futuro. Ignorá-los é perigoso. Não subestime um incômodo pequeno, mas que tem potencial para crescer e implodir uma relação. Uma erosão não começa como cratera. Basta um mísero prego num pneu pra abortar uma viagem.

Não espere sua relação conjugal chegar num precipício para pedir socorro. O receio em confidenciar a um mentor, conselheiro ou casal experiente, não vale a pena o risco de experimentar uma providência tardia e, de mais complexa solução.

Se a luz acendeu, pare. Nenhuma rachadura é pequena demais num castelo – principalmente quando se trata de nossa família. Prevenir e avaliar é muito, muito melhor que remediar. Portanto, não perca tempo. By Geraldinho Farias

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