
“Nenhuma
rachadura é pequena demais num castelo” – Martinho Lutero. Essa frase encerra
uma solene advertência: Não ignore os sinais de desgastes, ainda que mínimos,
numa grande estrutura.
Faz parte
de nossa cultura o “deixar para a última hora”. Subestimamos o tempo, não nos
organizamos e vivemos o desespero do último dia para enviar a declaração do
Imposto de Renda, fazer matrícula, a inscrição etc. Ao deixar pra depois, muitas vezes, perdemos oportunidades ímpares, consolidando cada
vez mais a caricatura de atrasados, relapsos.
Numa
residência somos expectadores de um problema de manutenção mínimo. Costumamos
conviver e assistir. Quando resolvemos
solucioná-lo, o prejuízo está posto: Gastamos mais e demandamos
mais tempo para a correção.
Temos o hábito de remediar problemas de saúde. Não
investimos em prevenção, depois, acometidos de enfermidade e colaterais, vamos às
pressas ao médico...
Há penalidades para o pagamento de contas vencidas.
O conserto
de um equipamento ou revisão de um problema doméstico, ainda que custe o transtorno, dá para solucionar.
Um
problema de saúde, exceto casos gravíssimos, é superável – com remédios, delongas e idas ao médico.
No casamento brincar com o perigo pode ser fatal! Nos assustamos quando
sabemos do divórcio de um casal querido. Não
podemos seguir o padrão do improviso, de providências tardias. Consideremos:
Muitos
erram ao “deixar como está prá ver como é que fica”. Muitas encrencas de casal
não se arrumam “naturalmente”. Não é o tempo que arruma uma
família.
Muitos casais negam as trincas existentes na relação. Essa auto-anestesia, sublimação, apenas posterga iniciativas pontuais de melhoras.
Muitos casais negam as trincas existentes na relação. Essa auto-anestesia, sublimação, apenas posterga iniciativas pontuais de melhoras.
Há sinais,
sintomas, que de início são mínimos mas que são deflagradores de tensões
gigantescas no futuro. Ignorá-los é perigoso. Não subestime um incômodo
pequeno, mas que tem potencial para crescer e implodir uma relação. Uma erosão
não começa como cratera. Basta um mísero prego num pneu pra abortar uma
viagem.
Não espere
sua relação conjugal chegar num precipício para pedir socorro. O receio em
confidenciar a um mentor, conselheiro ou casal experiente, não vale a pena o
risco de experimentar uma providência tardia e, de mais complexa solução.
Se a luz
acendeu, pare. Nenhuma rachadura é pequena demais num
castelo – principalmente quando se trata de nossa família. Prevenir e avaliar é
muito, muito melhor que remediar. Portanto, não perca tempo. By Geraldinho Farias
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