segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

FAZENDO O MELHOR PIOR POSSÍVEL

Nas relações humanas muitas vezes exigimos e esperamos um caminhão de bondades e, de forma camuflada ou não assumida, oferecemos uma colher, pá ou, no máximo, um carrinho de mão. 

Nossos amigos acertam quase sempre ou, na maioria das vezes, mas, nas vezes que erram... Nosso juízo é sem piedade!

Celebramos a compra de um imóvel, móvel ou eletrodoméstico caro. Minimizamos a cotidiana saúde, o oportuno trabalho, sem os quais não adquiríamos o bem, graças a Deus!

Mobilizamos todas as formas para remediar uma enfermidade – médicos, medicamento etc. Uma vez saudáveis, não nos mobilizamos para prevenir, praticar bons hábitos e superar vícios.

Usamos tempo para enes horas de conexão na Net consumindo amenidades, assuntos vazios. Quando reencontramos um velho amigo, justificamos com a (famosa) nossa “falta de tempo”.

Queremos a visita pontual, a ligação solidária, a manifestação de apreço nos momentos mais difíceis da vida – desemprego, angústia, luto – mas não investimos quando a crise é alheia, o infortúnio é do outro...

Gostamos de presentes – aniversário, casamento, formatura – mas não damos presentes na mesma proporção... ("Melhor graça é dar que receber")

Estamos dispostos à indignação mais inflamável, mais irascível, quando nossos direitos são ultrajados, quando desrespeitados, quando a malandragem nos rouba tempo, serviço e dinheiro. Mas, quando possível, queremos ser contemplados, favorecidos, com um “jeitinho”, atalho, um furo na fila etc.

Pedimos, pedimos e pedimos exaustivamente a Deus. Quando recebemos, agradecemos apenas. Pedimos reiteradamente, replicamos o clamor, mobilizamos os irmãos da fé, insistentemente. Quando recebemos de Deus, pouco ou nenhum gesto de gratidão expressamos.

O sujeito não se esmera no que faz, não vai além, contenta-se com sua rotineira e negada mediocridade e, se não manter em seu posto de trabalho, se for desligado da corporação, vai mirar tão somente na... crise!

Nem notamos quando somos muito bem servidos – achamos mais que obrigação... dos outros. Mas, quando não somos servidos no tamanho de nossa expectativa, estamos prontinhos a reclamar!

É errando que se aprende... A errar.

Não seria exagero afirmar que fazemos o que é ruim, da melhor forma possível. Erramos no capricho. Parece que é algo que fazemos muito bem. Comumente esperamos dos outros o que não oferecemos. Exigimos da esposa, filhos, parentes, colegas de trabalho uma inteireza e generosidade que não damos. Nos atrasamos costumeiramente, mas exigimos pontualidade. “Antes de começar o trabalho de mudar o mundo, dê três voltas em sua própria casa”, dizem os chineses.

Chega de cobrar ou exigir o que não damos ou oferecemos!!!

Para viver um casamento melhor, uma família melhor, um ambiente de trabalho, um país melhor, o ponto de partida está em nós mesmos. Eu e você somos o início da cadeia! Eis a regra áurea do Cristo: “Assim, tudo o que quereis que as pessoas vos façam, fazei-o também vós a elas” (Mt 7.12). Comecemos agora mesmo. By Geraldinho Farias

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