segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

HIENAS PREDATÓRIAS

O caso da jovem de 23 anos estuprada no mês passado por um grupo de homens em Nova Délhi, capital da Índia, provocou o devido horror mundial. Talvez pelos detalhes da rotina do cotidiano em que ocorreu, tão familiar ao cidadão urbano de qualquer parte do mundo: a jovem voltava de uma sessão de cinema; estava acompanhada do noivo com quem casaria em fevereiro próximo; e encontrava-se dentro de um ônibus quando teve o corpo devassado pelos seis atacantes, entre os quais o motorista.


A vítima foi espancada com barra de ferro e despejada com o namorado perto de uma via expressa da cidade. Morreu treze dias depois. A bestialidade do ato fez a Índia sair às ruas, qual Primavera Árabe na Tunísia e Egito.

Homens e mulheres, jovens e adultos, autoridades passaram a exigir mudanças na cultura de violência sexual do país.

Paralelamente, foi sendo construído por parte da mídia ocidental o retrato de uma nação de hienas predatórias onde o estupro seria a norma. As estatísticas citadas são, sem dúvida, aterrorizantes: em Nova Délhi uma mulher é estuprada a cada 14 horas - 625 casos somente em 2012. E apenas um em cada quatro acusados foi julgado e condenado.

Só que esses números, quando comparados a alguns dados referentes à Inglaterra e aos Estados Unidos, não são diferentes. Nova Délhi tem cerca de 18 milhões de habitantes. A população da Inglaterra + País de Gales somados é 3,5 vezes maior, mas o número de estupros supera em quatro vezes o da capital indiana. E o tal  1o.  mundo sempre acha que o inferno são os outros...  By Geraldinho Farias

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