(Você deve ter lido o Post anterior, de 22/01, “Casar Nunca Foi Tão Fácil”...) Refletimos sobre duas realidades opostas, contraditórias: Nunca se casou tanto e nunca se divorciou tanto. Ainda repercutindo essa mão-dupla, podemos concluir: Nunca se casou e descasou tanto porque jovens despreparados para a vida, precipitados, embalados por la société du spectacle, abrindo mão de critérios e princípios, escolhem mal, em momentos da vida inoportunos e indiferentes à mentoria e orientação.
Celebremos as exceções. Há famílias sendo formadas na contra-mão da erosão relacional. Casais minimamente formados, provenientes de boas famílias, apresentando certo grau de maturidade que resistirão encher as estatísticas de divorciados. Para estes, a vida não cabe numa página do Facebook, portanto, separam ficção da realidade.
Aqui, refletiremos sobre as dificuldades de acertar na experiência relacional mais completa, mais importante e da qual espera-se singular, única e permanente:
Ciclo vicioso. Famílias desestruturadas alimentam uma cadeia (quase) sem fim, gerando filhos desestruturados. Filhos dependentes, mimados; filhas que primam pela aparência, estética; (mal) educados sem limites; crescem sem amadurecer. Namoram privilegiando o contato físico – não constroem uma amizade, aliança, respeito e afetividade. É prévia para sexo de consumo. Uso e abuso de corpos. Não há diálogo em casa sobre a vida, expectativas, construção de futuro. Muitas moças se expõe qual açougue à céu aberto. Muitos meninos esfomeados, pensam no sexo como máquina de descarregar energia. Faltando a base em casa, não adianta esperar que a escola ou a igreja supra. O ciclo pode ser rompido, há exemplos, graças a Deus!
Parece que há um número maior de meninas em relação aos de meninos e causa espécie o despreparo e imaturidade deles. Elas devem esperar com paciência e fé em Deus (Lc 11.11-13).
Observar o projeto de vida dele(a). Em que estágio está. Não vale o “faço de tudo, um pouco”, pois verá que não faz nada. Estudando, trabalhando, com metas, foco. Como respeita você e sua família; como lida com suas finanças; como respeita os próprios pais. Se está viabilizando sua autonomia, isto é, poupando para o futuro. Não pense em pular etapas. Estude, invista na carreira profissional... Tudo nos prepara, nos amadurece para a conjugalidade.
“Não havendo sábia direção o casal cai, mas na multidão de conselheiros há sabedoria e segurança” (paráfrase de Pv 11.14). Acredite que Deus usará as pessoas que ama você para confirmar ou não o relacionamento. Peça a Deus sabedoria e iluminação aos seus mentores, líderes. Obedecer será bênção para seu futuro, sua vida.
O tempo de conhecimento e amizade. O candidato deve ser crente, envolvido com a igreja, apoiado por seus líderes, exercendo seus dons; apreciado e respeitado pela comunidade; conhecer sua família – origem, como vivem, o que pensam, como se relacionam.
Nas afinidades, afetividade. Nas diferenças, respeito e ajustamento. Há fatores que não podemos subestimar e, parecendo pequenos, podem tornar-se entulho no futuro. Por exemplo: Decida-se por um moço(a) crente, da mesma confissão religiosa, por exemplo. Não minimize o fato que uma família separada na confissão não viverá em choques constantes.
Uma vez vencidas estas etapas – que nunca, nunca acontecerão da noite para o dia, sem ilusões, por favor – saiba que você deve preparar-se para a vida matrimonial – para além da festa de casamento, para a conjugalidade. Se você planeja detalhadamente durante 400 dias a cerimônia – buffet, convidados etc. tudo deve ser um investimento menor em relação à vida que você está escolhendo: Há iniciativas interessantes para noivos, seja na igreja ou eventos; submeta-se à mentoria do seu líder, casal etc. faça um programa de acompanhamento com 1 ano de antecedência e continue até o 1º. ano de casado(a). Escolha um par de conselheiros para acompanhá-lo(a). Leia bons livros; participe de sua igreja de forma ativa e efetiva. É hora de aproximação com outros casais.
Por isso, casar nunca foi tão difícil. Porque envolve uma escolha séria,
compartilhada com nossos amigos e comunidade e repercutirá por toda a sua vida.
Exige muito trabalho em esperar a melhor hora, conhecer bem o parceiro e seu
universo, considerar princípios e valores. Mas, afirmamos, va-le-a-pe-na-es-pe-rar-em-Deus-e-Sua-von-ta-de.
Em 2010 houve o recorde de 351 mil divórcios no Brasil. Os números não camuflam
a qualidade dos relacionamentos em curso. Portanto, nunca tantos se lançaram ao
matrimônio de forma precipitada e irresponsável... A decisão de casar deve ser
por toda a vida. Muito mais que a aparência, há fatores e princípios a serem
considerados, antes de dizer "sim". By Geraldinho e
Marina
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