No best-seller “Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus”, Jonh Gray descreve as diferenças entre homens e mulheres, como se tratando de dois planetas diferentes, implicando casais em compreensão e respeito. Tal exposição bem serviria para aludir sobre religiosidade e saúde mental – a propósito do Janeiro Branco.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
MEU FILHO, NOSSO MUNDO (EUA, 2023)
A riqueza de uma
narrativa se dá pelos diversos núcleos numa mesma história: Max (Bobby
Cannavale), um comediante de stand-up enfrenta duas grandes crises - o fim de
seu casamento e o declínio da carreira.
No longa, por Tony
Goldwyn, Max volta a morar com o pai (o sempre perfeito Robert De Niro), a
lidar com a criação do filho de 11 anos, Ezra (William Fitzgerald, simplesmente
realista), diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA). Não é uma
peça meramente sobre um neurodivergente. É sobre diversos aspectos das relações
familiares e suas crises – conjugalidades despedaçadas e paternidades
incompreendidas. Embarcamos numa viagem de pai e filho, não apenas
geográfica..., mas interna - dentro de cada um!
No universo do Espectro não há uma “receita de bolo”. Goldwyn e Spiridakis não sentimentalizam o conto, pelo contrário, encheram-no de realismo e franqueza. (Remete mais ao decano “Raim Man” que ao recente “Atipical”). Max é o super-protetor, inda que com autos e baixos das relações com a ex, com o próprio pai e com o filho. O filme tem em Stan, o octagenário De Niro, a persona por quem se faz e refaz todas os vínculos. Imperdível! By Geraldinho Farias
quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
QUANDO O "HOMEM DE AÇO" CAIU DO CAVALO
Passados
46 anos após viver Superman pela primeira vez, em 1978, e 10 anos após sua
morte, Christopher Reeve é o protagonista do documentário Super-Man: A História
de Christopher Reeve (EUA, 2024).
O “homem de aço” caiu do cavalo e ficou impotente. O confronto entre a ficção e
realidade ecoa desde 1995...
OS PRIMEIROS 50 ANOS
Nunca se casaram
tantos!
Nunca se
divorciaram tantos!
Os primeiros cinquenta anos são os mais desafiadores, mais surpreendentes, mais
divertidos, mais críticos, mais depressivos, mais alegres, mais assustadores,
mais...
Cada vez mais não suportamos compromissos longevos, exigidos numa travessia de
50 bodas...
É necessária a paciência dos tecelões, a coragem dos mergulhadores, a
persistência dos corredores e a resistência dos tardigados, no mais completo
laboratório da experiência humana: A conjugalidade!
Se compreendêssemos o que significa o casar, haveriam menos, muito menos
casa-mentos. (Imagem: Copilot) By Geraldinho Farias
"BETDEMIA", A EPIDEMIA DAS BETS
Após a liberação das apostas em 2018 e a recente regulamentação das Bets, já somos o 3º. País que mais consome apostas online – cassinos, esportes e jogos de azar (Comscore, 2023) e o líder em acessos para fazer uma “fezinha” em sites de apostas virtuais (SimilarWeb, 2023). Significa um mercado que movimentou $100 bi! (Não nos surpreende o interesse de golpistas, fraudadores, hackers e o crime organizado...) Foram $21 bi, só neste agosto. A grana movimentada no Brasil já é 1% do PIB...
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
CRISTÃOS "TARJAS PRETAS"
O Brasil é um dos maiores consumidores de medicamentos do Mundo e destaque entre os usuários de psicofármacos - também conhecidos como psicotrópicos ou psiquiátricos, atuam no Sistema Nervoso Central e agem para estabilizar o humor ou tratar diferentes condições de saúde mental, como depressão ou ansiedade.
INSTINTO MATERNO (EUA, 2024)
Duas famílias americanas nos anos 60: Ótimas esposas, brancas,
mães exemplares, dedicadas aos lares, trajes impecáveis, bem casadas... No
epicentro uma relação de amizade perfeita - afinal, tudo é perfeito, entre as
vizinhas Alice (Jessica Chastain) e Celine (Anne Hathaway).
Uma tragédia ocorre e todo o mundo perfeito desaba, testando e
redefinindo tudo... Ou nada!
Atrizes dão um show de interpretação – o expectador não ficará
incólume: A boa ambientação, o figurino impecável, e as discussões e
aprofundamentos que pululam sobre amizade, culpa, saúde mental, vínculo -
conjugalidade, modelos de maternidade, luto... Impossível não se envolver. E,
como nada é o que parece, um plot twist de tirar o fôlego! By Geraldinho Farias
domingo, 5 de janeiro de 2025
"NÃO BASTA SER REI"
Devemos ao
publicitário Duda Mendonça (1944-2021) a legendária frase: "Não basta ser
pai, tem de participar". O mote do anti-inflamatório (1982) embalou o
comercial e marcou toda nossa geração!
David, o Rei,
acertou muitas vezes;
David, o pai, errou
muito mais:
Deu conselhos
errados;
Decidiu só e de
forma precipitada - com efeitos danosos para toda a família
Se omitiu quando
era pra intervir;
se ausentou quando
era pra participar;
Terceirizou quando
era para assumir...
Piorou muitas
crises
Lutou a mais ácida
das guerras: Contra o próprio Filho!
Seu maior
adversário não foi o leão, o urso, Golias, ou os filisteus: Foi ele mesmo!
Fosse um jogo:
Davi, o Rei 10 x Davi, o pai: O!... Enquanto Davi foi guerreiro e estrategista
militar bem sucedido, como Pai de família fracassou...
O choro de Davi
pela morte de Absalão ecoa desde a imensidão do Palácio a todos os pais desde
então: O que adianta um profissional ganhar o mundo inteiro e perder os
próprios filhos?!?!
(* Davi de Michelangelo (1501) By Geraldinho Farias
O REI DO POVO (2024)
Ambientado em meados 1800, “O Rei do Povo” (Maharaj), narra a
trajetória de Karsandas Mulji (Junaid Khan), um reformista na luta pelos
direitos das mulheres, adaptado do livro “Maharaj”, de Saurabh Shah.
O jornalista progressista Mulji, confronta Yadunath Maharaj
(Jaideep Ahlawat), um guru religioso que abusa de suas devotas, o que deságua
numa batalha judicial histórica.
Exceto por um flerte musical sem sentido, por atores um tanto
mecânicos e diálogos previsíveis, a trama é de todo necessária e atemporal:
Enfoca a manipulação religiosa, emancipação feminina, poder opressor e a luta
por justiça social, chagas que perduram em diversos ambientes em pleno Séc XXI.
A resistência heroica de Karsandas Mulji vale ser ecoada desde a Índia. By
Geraldinho Farias
ENFIM... SÓS!
Expressão consagrada por nubentes marca a transição para a vida a dois
Não vale levar satélites para a conjugalidade
Casais ainda "verdes", sob necessidade de um suporte permanente, demonstram despreparo para a necessária autonomia: Implica deixar a família original nos diversos aspectos - geográfico, afetivo, financeiro
A dependência dos pais ou sogros assinala uma "permissão branca", ascensão nem sempre saudável e perigosa sobre o casal. O que trava o avanço para a maturidade. Equivale a colaterais de efeitos variados - confundir espaços, invasão de intimidades, inconveniências
Vem os filhos, novos ajustes, transições... Adaptações não são fáceis, quando contaminadas com intercessões, entremeios, gestão de terceiros, pior - por mais bem-intencionada que seja, se não é causadora - é ampliadora de crises
Mediadores sofrem com o "2x1": A aliança e proteção de pais - ou um dos pais, ou dos sogros, ou um dos sogros, em oposição a um dos cônjuges
Por isso... Casamento é pra gente grande!
Na maturidade, vem o "ninho vazio"; filhos voam. E o casal irá recitar: "Enfim,... Sós!"
Sós no início. E no fim. Quando aqueles tempos de "corpo estranho", cobram faturas (fraturas?)
(*Imagem: Copilot) By Geraldinho Farias
DIVERTIDAMENTE 2
Em Divertida Mente (Disney/Pixar- 2015) a menina Riley se vê
obrigada a mudar de cidade com os pais: O filme descreve a erupção de suas
emoções através de personagens lúdicos, seu funcionamento cerebral e
consequente comportamento social
Divertida Mente 2 (2024): Ryiley chega à adolescência - tema complexo, abordagem didática; abalo sísmico na Sala de Controle para dar espaço a novas emoções...
“FAKESCÍPULO”
Jesus chamou 12 discipulos Dos 12, havia um falso, o fake O "Fakescípulo" andou com Jesus por 3 anos O Mestre abriu sua inti...

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