Começo pelo final: A Substância (EUA, 2024) termina como um trash reverso: Um misto do decano “O Médico e o Monstro” e da ficção “A Mosca”. Porque a intenção é mesmo chocar. (Haja estômago!). Particularmente não gostei.
Mas a crítica à Ditadura da Estética em voga numa sociedade utilitarista, é absolutamente necessária. A ex-estrela de cinema Elisabeth Sparkle (Demi Moore) após ser esquecida pela Indústria, ganha sobrevida como apresentadora de TV num programa de ginástica – como, aliás, Jane Fonda. Mas a TV já está a descartá-la por uma jovenzinha com tudo em cima... Como soi por aí, Sparkle busca no mercado clandestino uma fórmula mágica que promete uma “melhor versão de você”, tornando-a na perfeita Margaret Qualley.
Bizarrices à parte, as 2h 30 minutos denunciam a desesperada corrida atrás do vento, imposta por apps, filtros, coachs da estética. Nunca é tarde para perceber que envelhecemos mal e adoecemos sob comparações num mundo pictórico. Vale apena conferir. By Geraldinho Farias
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