Fui daqueles que viveram luto na Tragédia do Sarriá em 1982. Em 1986
ainda um romântico, sob paixão juvenil, com a então Seleção Brasileira de
Futebol.
Em 1990 durante a Copa da Itália, jogadores fizeram protesto por mais dinheiro. Descobri que servir ao país numa Seleção não era apenas honra e privilégio... A partir de então, Ricardo Teixeira reinaria por décadas a fazer da Seleção um grande negócio, com parcerias nebulosas, o que culminou na CPI da CBF|Nike que, como outras no país, terminou em "pizza", graças à Bancada da Bola - políticos em conluio com a CBF.
Depois vieram escândalos em escala industrial. A cúpula da CBF e da FIFA
foram para o Xilindró nos 2000. Teixeira foi banido do futebol por
corrupção. Ainda assim, isso seria insuficiente para desfantasiar ou
desentorpecer os torcedores país a dentro! Ainda viria a Copa de 2014.
O Morumbi estava quase pronto para sediar jogos. Mas pelo capricho e
negociata de cartolas e políticos, surgiu a Arena Pantanal... Não me surpreende
as negociatas da CBF - entidade privada que rege o futebol - me surpreende o
grau de adesão apaixonada que ainda milhões nutrem pela "seleção", e
me impõe - vejam só! - culpa por ser indiferente a este "jogo",
principalmente em épocas de Copa do Mundo...
Desde os anos 70 não importa quem esteja no poder, a CBF usa e é usada:
Alavanca candidaturas, faz amistosos para inflar políticos, e como moeda de
troca para manter a blindagem no Congresso Nacional.
Nem acho que deveria chamar de "seleção". Não é a reunião dos
melhores - ingenuidade que somente a meritocracia seja o critério para
convocações. Nem "brasileira" - somente os "estrangeiros"
tem vez, a critério de empresários e patrocinadores.
O "patriotismo" de muitos jogadores dura enquanto duram
contratos e prêmios. Aliás, nada mais patriota que ser contra a corrupção - a
começar a do futebol...
*Rogério Caboclo, presidente da CBF, afastado e acusado de assédio sexual-moral... É Penta! By Geraldinho Farias
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