quarta-feira, 16 de junho de 2021

POR QUE PAREI DE TORCER

Fui daqueles que viveram luto na Tragédia do Sarriá em 1982. Em 1986 ainda um romântico, sob paixão juvenil, com a então Seleção Brasileira de Futebol.

Em 1990 durante a Copa da Itália, jogadores fizeram protesto por mais dinheiro. Descobri que servir ao país numa Seleção não era apenas honra e privilégio... A partir de então, Ricardo Teixeira reinaria por décadas a fazer da Seleção um grande negócio, com parcerias nebulosas, o que culminou na CPI da CBF|Nike que, como outras no país, terminou em "pizza", graças à Bancada da Bola - políticos em conluio com a CBF.

Depois vieram escândalos em escala industrial. A cúpula da CBF e da FIFA foram para o Xilindró nos 2000. Teixeira foi banido do futebol por corrupção. Ainda assim, isso seria insuficiente para desfantasiar ou desentorpecer os torcedores país a dentro! Ainda viria a Copa de 2014.

O Morumbi estava quase pronto para sediar jogos. Mas pelo capricho e negociata de cartolas e políticos, surgiu a Arena Pantanal... Não me surpreende as negociatas da CBF - entidade privada que rege o futebol - me surpreende o grau de adesão apaixonada que ainda milhões nutrem pela "seleção", e me impõe - vejam só! - culpa por ser indiferente a este "jogo", principalmente em épocas de Copa do Mundo...

Desde os anos 70 não importa quem esteja no poder, a CBF usa e é usada: Alavanca candidaturas, faz amistosos para inflar políticos, e como moeda de troca para manter a blindagem no Congresso Nacional.

Nem acho que deveria chamar de "seleção". Não é a reunião dos melhores - ingenuidade que somente a meritocracia seja o critério para convocações. Nem "brasileira" - somente os "estrangeiros" tem vez, a critério de empresários e patrocinadores.

O "patriotismo" de muitos jogadores dura enquanto duram contratos e prêmios. Aliás, nada mais patriota que ser contra a corrupção - a começar a do futebol...

*Rogério Caboclo, presidente da CBF, afastado e acusado de assédio sexual-moral... É Penta! By Geraldinho Farias

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