SÉRIE DE NATAL: SIMPLES ASSIM
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“Isto servirá de sinal para vocês: Encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura" - Lucas 2.12
Deus decide encarnar no Cristo qual semente nos recônditos da terra!
Deus decide ornar a maternidade com uma manjedoura, matos e bichos – não por amas e serviçais da realeza.
Deus decide que o Menino seja acompanhado no nascedouro por sua família – não por um séquito e legiões
de soldados ou de ilustres sob patentes.Deus decide pelo interior do interior, não pela suntuosidade dos palácios das metrópoles.
Deus decide que a luz a guiar os amigos seja a da estrela – não é um mapa, GPS romano ou guia da aristocracia.
Deus decide que o e 1º. endereço do refugiado, do sem-teto, seja a roça, o mato – não havia lugar na Cidade, na Capital.
Deus decide que o menino seria um “pé-de-chinelo”; um desprovido; um de baixo; um dos nossos; um de nós; não descendente das poderosas realezas reinantes ou de imperadores de Roma.
Deus decide que as boas-vindas ao Menino seria dos camponeses; não viria do coro das catedrais, dos templos, das sinagogas.
Deus decide que o mugir dos bovinos e balir dos ovinos, sob o teto celeste, ornam o ambiente original do Menino – não o som das orquestras nas abóbodas das basílicas.
Deus decide que as primeiras testemunhas a visitar o Menino, viveriam o privilégio de presenteá-lo confirmando Ser, o Menino, o maior de todos os presentes dados aos e entre os homens; não é o valor das ofertas, sua qualidade, a quantidade ou o peso, mas o simbolismo.
O Menino descende do Zé e da Maria, os comuns dentre os comuns;
Seu nome não se destaca pelo sobrenome da nobreza;
Sua atividade seria uma comum dentre as comuns, a carpintaria. Não é a Dinastia atuante; não é da miríade temida ou do partido hegemônico.
Aplicação
O que essa história aponta ou, o que as decisões de Deus almejam ensinar a nós, sob o regime Capitalista – da aquisição, da soma, do poder, da fama, das riquezas...??? Quais redescobertas devemos atentar?
Simplicidade – Toda a história, dos mínimos detalhes aos seus capítulos mais destacados, a simplicidade dá o tom, os contornos dos personagens, das circunstâncias e iniciativas.
Simplicidade pode ser definido como a ausência de complicação; qualidade do que é simples, do que não é complexo; aquilo que não é complicado, que é natural. O substantivo pode representar a qualidade de quem é franco, sincero, puro ou inocente. Quando se diz que algo é dotado de simplicidade significa que é de fácil compreensão; conota o modo espontâneo e despretensioso da pessoa. Sinônimo de humildade.
Outra acepção de simplicidade se refere a característica do lugar que é ausente de luxo, sofisticação e extravagância. Etimologicamente, se originou a partir do latim simplicitas, que pode ser traduzido como “uniforme” ou “pouco variado”.
Quando citamos antônimos de simplicidade como complexidade, opulência, grandiosidade, exagero, presunção, imodéstia e exibicionismo, então, podemos concluir do que se trata o Natal e do que se trata o que Deus quis ao decidir que a encarnação do Verbo seria desta forma, deste jeito.
O que nos gera crise: O quanto há do Natal de Jesus em nosso modo de
vida? O que há do Natal em nossa forma de ser, pensar, sentir e existir? Do
contrário, o quanto do Capitalismo – o sistema sobre nós, existe e sonega a
maneira de ser do Natal??? Pensemos nisso. By Geraldinho Farias
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