GRITO DE SOCORRO II
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Em “Grito de Socorro”, a imagem foi uma bóia;
na parte II a imagem é um bote...
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Ainda sob o efeito da notícia de mais um ministro que atentou contra a
própria vida (Luiz Cláudio Peixoto - PIB Goiânia), volto à prosa. Este é a
continuação de Grito de Socorro, publicado em 16|12|2015 neste Blog.
As demandas se avolumam. Os desafios estão postos. As
reações devem ser céleres, não há tempo a perder. Estou em S. Paulo e o Projeto Josué foi das melhores e mais justificadas iniciativas dos últimos anos. A experiência em são Paulo visa o cuidado dos nossos. Mas...O que está acontecendo nos demais estados? Quais as iniciativas? Há algo
acontecendo que possamos acrescentar às nossas iniciativas???
Portanto, que se chamem os presidentes estaduais de cada sessão e
manifestem-se sobre as estratégias que estão sendo adotadas.
A experiência de S. Paulo poderia ser um modelo para as diversas secções
Brasil a dentro. Sim, ou não? Um “Josué nacional”? Ou... “Josués Estaduais”???
Portanto, que se ouçam os presidentes das sub-secções sobre a estratégia
a seguir para os próximos anos. Certamente que a verticalização é menos eficaz
que a caminhada do lado a lado em cada grotão deste país continental.
Uma conferência nacional em transmissão pela Internet, reunindo todos os
presidentes das Secções, em grupos e em rodízio, daria um termômetro sobre o
quadro. A sugestão está posta.
É hora de pesquisar sobre quantos de nós fazemos tratamento de doença
crônica ou daquelas que tem constado nos relatos de ministros que atentaram
contra si mesmos – quadros de ansiedade, depressão grave, bipolares e outras.
Mas... Uma pesquisa abrangente sobre quantos, quem, como vivemos o ministério,
é o recomendável.
E as esposas dos pastores???
É hora de ouvir as esposas - ninguém mais vitimada, mais asfixiada, mais
exigida que a esposa do ministro – elas não devem ficar de fora! Que se inicie
uma iniciativa partilhada – Ordem dos Pastores e corporações que contemplem as
esposas dos ministros. (Em muitos estados associações não funcionam com a mesma
organização dos ministros...)
Portanto, iniciativas que vão sendo aprimoradas devem levar em
consideração uma mobilização para incluí-las nas iniciativas.
Outra frente de trabalho é com relação ao fortalecimento da
conjugalidade dos ministros. Somente nestes últimos 12 meses soubemos já sob as
vias de fato dos divórcios de pastores à exaustão o que depõe contra a
integridade de todos os ministros. Para não receber notícias bombásticas sobre
o fim do casamento de tantos amigos, é porque investir na prevenção do divórcio
é mais que necessário. Não é exagero afirmar que convivemos com pastores que
vivem mal dentro do lar, o que já é um dado escandaloso!
Então, eis um tripé de frentes inquietantes: A saúde mental – e, graças
a Deus, temos conversado sobre - o necessário fortalecimento da conjugalidade
e, acrescento aqui a gestão das finanças familiares. Estas, as “areias
movediças” ou “pântanos” que tem alvejado de forma direta os ministros e suas
famílias.
Podemos ouvir ou nos conveniar com as iniciativas da AAMP - Associação de
Amigos do Ministério Pastoral, Associação Apascentar, Sepal, etc.
Lamento quando há grandes conferências e cursos sobre assuntos
igualmente necessários mas que não tocam em nossas urgências práticas.
Participei do Retiro em Sumaré em janeiro de 2016 quando todos – sem exceção –
se contorciam de luto pela perda de um amigo. E o tema do encontro ignorava o
que estávamos repercutindo...
E se fosse, dentro da minha desimportância, apontar mais, sugeriria
iniciativas que se referissem às congregações. Da Ordens, das Convenções,
diretamente para as comunidades, através das diversos meios impressos e
eletrônicos; sobre o cuidado com o obreiro, sobre o investimento das paróquias
em retiros e convenções, reciclagens... Sobre as necessidades de compreensão
dos diversos papeis dos ministros etc.
Muito está sendo feito. E louvamos pelo despertamento vivido até aqui.
As congratulações aos nossos líderes – Adilson Santos, João Martins Ferreira e
Manoel Ramires e respectivas equipes. Poucas vezes vimos tanta sensibilidade em
ação.
Peço compreensão para este arroubo de juvenil. Oremos. By Geraldinho
Farias
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