BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDROIDES

Dos cults obrigatórios e necessários, mais ainda em face de que nos aproximamos de... 2019! É uma narrativa na Los Angeles que se tornara uma cidade sombria, poluída, superpopulosa, invadida pelo povo e pela cultural oriental. Ridley Scott (EUA, 1982) descreve: O

brilho da luz neon, outdoors digitais voadores e anúncios com a promessa de prosperidade contrastam com a opressão de vielas escuras mergulhadas em chuva ácida e adornadas por uma arquitetura decadente. Como todo o cenário indica, a Terra está arrasada! Em contrapartida, o mesmo avanço tecnológico que tanto contribuiu para esse cenário distópico permite o avanço da colonização fora do planeta. E um projeto para a segura exploração interplanetária: Os replicantes da série Nexus.

A Tyrel Corporation criou os robôs virtualmente idênticos aos seres humanos, no início do século 21, para serem escravizados. Sendo que a linha mais avançada de replicantes, Nexus 6, apresentam força e agilidade superiores às do homem, e inteligência equivalente. Um dia, um grupo liderado por Roy Batty (Rutger Hauer) promove um motim sangrento e os replicantes são declarados ilegais sob pena de morte. Para caçar os andróides, a polícia cria uma unidade de agentes especiais conhecidos como blade runners, que têm ordens de atirar para matar qualquer replicante, o que eles chamam de "aposentadoria".

Literalmente aposentado, o agente Rick Deckard (Harrison Ford) volta à ativa após ser chantageado pelo chefe de polícia Bryant (M. Emmet Walsh) — que o considera o melhor de todos os caçadores de androides. Ele assumirá a missão de matar Roy, Pris (Daryl Hannah), Leon (Brion James) e Zhora (Joanna Cassidy) contrariado, principalmente após se apaixonar pela replicante Rachael (Sean Young).

Paralelo à trama policial, subjaz o envolvimento afetivo de Deckard com Rachael, replicante, secretária de Tyrel, dono da poderosa corporação industrial produtora dos Nexus 6 (Tyrel diz: “Nossa meta é o comércio. Nosso lema é ‘mais humanos que os humanos’”). E, a partir do vínculo, o filme enfoca as digressões existencialistas: Deckard busca encontrar os replicantes enquanto busca a si próprio. E persegue o amor de Rachael, que está imersa na busca de sua identidade inexistente. E os replicantes Nexus 6 buscam desesperadamente ter mais tempo de vida. Enfim, Blade Runner é uma pequena odisséia de homens e mulheres, humanos e pós-humanos, em busca da sua identidade perdida e resposta para seus dilemas.

A advertência de Chaplin - “Não sois máquinas! Homens é que sois” – ainda ecoa. Mas... Com a vida tomada e controlada por aplicativos e conexões virtuais, é hora de refletir sobre o cenário sombrio e depressivo de Bladde Runner. Podemos explorar os aspectos filosóficos e psicanalistas da obra. É uma discussão confrontativa sobre a identidade humana numa sociedade sob escombros do capital. Os irônicos contrastes das grandes corporações hi-techs com as mais profundas necessidades dos humanos. Blade Runner é profético ou apenas uma sinalização sobre onde podemos chegar como civilização??? Um filme para ser revisto e re-interpretado. (Em breve, sobre a continuação Blade Runner 2049) By Geraldinho Farias

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