A maioria dos críticos de A Cabana (The Shack, 2007 – William P. Young), lançado no Brasil pela Sextante em 2008 não leu a obra e, muitos assumem o fato de não terem lido. Pra começar essa prosa aviso: Lí o livro em 2008. Sim, trata-se de um sucesso editorial devido à sua pesada carga de mídia assim como estamos vivendo a multiplicação de “especialistas em cabanas” por ocasião de seu lançamento nas telas.
O livro ou o filme? É incomparável uma aventura da imaginação com sua execução pela sétima arte.
Primeiro: Cansei desse víeis de críticos que alertam, proíbem ou
desestimulam seus ouvintes a experimentarem, lerem ou assistirem a grife.
Principalmente daqueles que chamo de “policiais do gospel”, juízes das escolhas
dos outros.
Pra estes "deões" moralistas, o indivíduo – seja lá quem for,
deve submeter-se a tutores que detém o poder de lhes dizer o que devem fazer no
pior estilo "infantiloide", como se não fossemos capazes de
discernir, escolher ou ver o que é melhor para cada um. Uma relação
entre tutor e incapaz. Nada mais infantil! Que chatice!
Segundo: O livro não é nem se pretende ser um compêndio de Teologia, um
Talmude ou Mishna evangélico. Ora, pois... O livro é uma ficção. Não é
normativo. Quem determinou sua obrigatoriedade? Vá às suas páginas se quiser,
vá ao cinema se quiser...
Terceiro: Não, não é uma obra de Tomás de Aquino ou de Agostinho!
Portanto, você poderá obter as lições interessantes sobre a teodiceia ou não...
Quarto: Uma história sobre um dos mais inquietantes temas – a existência
do mal: Mack Allen Phillips perde sua filha, Missy, de 6 anos, durante um
acampamento. Há sinais de que ela teria sido violentada e assassinada numa
cabana perdida no meio do mato. Mack vive o que descreve “a grande tristeza”,
daquelas que cada um de nós viveu ou experimenta, nada mais humano! Tempos
depois Deus o convida para visitar a cena do crime, a cabana, onde será travado
um diálogo cheio daquelas mesmas perguntas que fazemos quando em apuros ou
aperto.
Quinto: O autor rompe conceitos (estereótipos?) quando descreve as
pessoas divinas como sendo outras, diferentes das que nos acostumamos – acima o
segundo e terceiro parágrafos já o avisaram – é uma obra de ficção, pelamor!
Sexto: Você, que se confessa ou se assume cristão tem uma grande
oportunidade de iniciar ou manter um diálogo com quem quer que seja sobre sua
fé e Deus na história da humanidade e, particularmente em nossas experiências
diárias. Ou seja, entrar na cabana não o tornará pior por causa de alguns
conceitos não familiarizados por você ao longo de sua Teologia institucional,
muito pelo contrário, conduza as pessoas de seu entorno para a fé em Cristo e larga
a mão de ser “chatonildo”. Bata na cabana e crie muros com as pessoas; use a
cabana ou crie pontes para conduzi-as à fé em Cristo!
Sétimo: Mais cedo ou mais tarde a gente vive um trauma como o de Mack e
nossa experiência de fé nos conduz a uma cabana – qualquer que seja a
simbologia do que nos convida a dialogar intimamente com o Criador com nossas
perguntas e inquietações. E não estou sugerindo que seja seu
livro-de-cabeceira, amanhã essa onda (marketing) passa... Mas.. Young tem seus
méritos.
Cada um de nós possui opiniões e visões sobre o mal do mundo. Uns a
teodiceia da cabine; outros... da cabana. Lamento que na bíblia de muitos
esteja escrito: “Não os peço que os livre do mal, mas que os tire do mundo”. By
Geraldinho Farias
Caracas, você esta arrebentando e tentando quebrar barreiras e isso é show, até fiquei com vontade de ler o livro....
ResponderExcluirConcordo que hoje temos muitos pedreiros construtores de muros, porem as pontes seguras e resistentes são poucos...
Infelizmente nossa arrogância tem nos consumida a ponto de acharmos que podemos ser juízes.
Parabéns por mais esse post.
É isso. A vida já é dura. O relato é sensível. Colha as lições que lhe convier e ajudar. Cada um de nós hora dessas estamos lá... Numa cabana a ter os diálogos mais profundos com o criador. Grato pela apreciação!
ResponderExcluirEita!!! Rsrsrsr
ResponderExcluirLegal , li o livro e gostei, vamos ver no cinema assim que pudermos , concordo com seus argumentos contra a Guarda Palaciana do bel e do mal do patrulhamento evangélico. SOMOS LIVRES !!! ALELUIA!!!
ResponderExcluirKkk Legal.Discutir com bom humor é ótimo. Abraços!
ExcluirBoa reflexão. Que nosso povo viva e reflita a palavra Cristo, e não as sugestões de homens. Abraços
ResponderExcluirTem uma pitada de espiritismo sim, vc ir a um lugar e ver cenas pasdadas, é o que?
ResponderExcluirQue poder é esse?
Que sofrimento é esse?
Cade a esperança?
Buscar internamente o que? Esperança do espírito da filha aparecer e dizer q esta tudo bem?
É subliminar sim, é misterioso, sim!
Foge da real, do sofrimento, da esperança em Jesus Cristo e enaltece o EU em busca de respostas sem a humildade de buscar a Deus sem ilusão e sensacionalismo em cima de uma tragédia maligna e busca respostas na forças do mal que o lugar tem.
Foge da real que vivemos num mundo de pecado, as pessoas se afastam de Deus e querem crer no que é bonito aos seus olhos e vivem com sentimentos temporários de buscar a Deus e este filme estimula isso a ilusão do que Deus é.
Caríssimo San: Que bons seus apontamentos; argumentos lúcidos. Divergências enriquecem. Grato!
ExcluirReverendo Geraldino, seu aprendiz Pr. Estevão. Brother vlw, precisamos de reflexões, coisas que nos façam pensar e crescer. Infelizmente a "teodicéia" tão presente não é notada pelos os que a vivem. O meu povo erra por falta de conhecimento... abs
ResponderExcluirGrato pela apreciação. Abraços, meu amigo!
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