terça-feira, 30 de agosto de 2016

WIILIAM BONNER, FÁTIMA BERNARDES E A PANDEMIA DE DIVÓRCIOS

O comunicado de separação dos jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes alcançou o Trade Topics no Tweeter e explodiu em outras plataformas e mídias. Há muito o que navegar sobre a repercussão durante a defesa da presidente afastada Dilma Roussef no Senado:

- Ainda cultivamos o mito da família perfeita. Dentre as celebridades, casais na vitrine como Luciano Huk e Angélica, 10, Tarcício Meira e Glória Menezes, 53, alimentam a imagem da família ideal.

- O que causa perplexidade – se ainda há – talvez, é que os jornalistas se separam após 26 anos, uma relação longeva em se tratando do universo das celebridades: Os famosos realizam uniões instantâneas para alimentar tabloides e gerar repercussão. Casar (ou “casar”), descasar e casar de novo, virou interesse público para gerar manchetes.

- O instituto do divórcio ganhou certo ar de glamourização. Separar não causa estranheza ou constrangimento. Parece que alguns exibem (como que um) “cartel” (do pugilismo): Ex de fulano, ex de cicrano e ex de beltrano. Sim, isso somente infla a sensação de que o casamento não passa de uma mera experiência de tentativa e erro ou uma convivência episódica de conveniências.

- Os índices de divórcio entre casais que confessam ser da fé evangélica-protestante-crente alcança níveis iguais aos que se confessam de qualquer outra matriz religiosa. O discurso de outrora, de que ao se casar sob a mesma fé favorece o sucesso, perdeu sentido e razão.

- Nunca se casou tanto. Nunca se descasou tanto. Há 10 anos militando na Clínica acompanhando famílias sob crise, mediando e negociando retornos: É assustador a demanda de casais participantes de comunidades evangélicas que vivem sob crises crônicas e sob riscos de separação, quando já não estão nas vias de fato.

- A explosão de casamentos camufla a realidade de que a maioria de jovens que se unem são desorientados, não-treinados e imaturos para experimentar o vínculo profundo que encerra o matrimônio. Aqui, dois braços de uma mesma iniciativa urgente:

- Primeiro: O de preparação de noivos. É necessário que os agentes comunitários, ministros, discipuladores formem uma rede que ao menos cumpram o papel de conselheiros das futuras famílias.

- Segundo: A rede que facilite o acolhimento, reabilitação e fortalecimento daqueles e daquelas enlutados pelas rupturas de uma família. A demanda interminável de divorciados é um convite para a igreja exercer sua missão restauradora.

- Talvez o temperamento de Bonner e a ascenção profissional de Fátima, pais de trigêmios, somado a desgastes relacionais tenham contribuido para o fim do casamento. Mas, a lista de divorciados só cresce...

Em 2013 iniciei o curso Mentoria, Discipulado e Aconselhamento de Casais e Famílias, em S. André/SP. Estamos na 4ª. turma. A procura é grande e as demandas, intermináveis. O objetivo é o treinamento de conselheiros, preparação de noivos e prevenção e mediação de crises. Vivemos uma pandemia de divórcios - o fenômeno atinge famílias em todos os lugares, em todas as faixas e entre jovens e casais já maduros; líderes, ministros, pastores. Estamos diante de uma desgraça democrática. Precisamos fazer algo para acompanhar melhor as futuras famílias!

Que os líderes comunitários elejam o Ministério com Famílias – casais, divorciados, terceira idade etc. – não mais “um”, mas um estratégico agente promotor da saúde das famílias. By Geraldinho Farias

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