terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O QUARTO DE GUERRA: UM FENÔMENO

Recorde de público neste segmento. Uma obra que vem à reboque de filmes que exploram o universo crente (A Virada, Desafiando Gigantes, À Prova de Fogo e Deus Não Está Morto). War Room (Canzion Filmes + 360

WayUp), de Alex e Stephen Kendrick, uma produção modesta num mercado dominado por gigantes e poderosos só por milagre. O mercado editorial, as salas de cinema, a Som Livre - gravadora Globo, adesões ao Cabo e à Netflix confirmam: O público denominado evangélico é uma máquina de consumo.

(Aqui vão as garatuchas de um cinéfilo:) O enredo é arrastado. Os diálogos longos,
alguns cansativos até. E carece de fundos (musicais) que dinamizem as cenas. Tudo é compensado pela história, o grande mérito e trunfo dos Kendrick.

É sobre uma família comum (Elizabeth e Tony Jordan), na média de uma sociedade capitalista. Um homem ocupado e bem sucedido, que relega sua família à segundo plano - filha à margem: Os pais não participam de suas conquistas cotidianas. Este é o cenário.

A família está em declínio até Elizabeth conhecer Clara Willians. O filme lança luzes sobre aquelas pessoas piedosas que, aparentemente não são ativas, mas que sob o silêncio piedoso participam intercedendo e acompanhando vidas e famílias. O protagonismo de uma idosa é um contraponto às igrejas que se destacam em ministério de e com jovens. E a intercessão como disciplina num tempo em que o ministério de louvor é a “vedete” das igrejas.

Clara é uma idosa entusiasmada e contagiante. Vive a compartilhar suas experiências de oração em seu front – o quarto de guerra. A oração como disciplina espiritual pode afetar, intervir, mudar.        Ao final, este recado tenta ecoar mundo a fora: Use sua fé para mudar situações, a começar por superar a fé nominal de Elizabeth e Tony.

Mas, cuidado com os simplismos. Você pode ter a sensação de que o curso de um casamento ou de qualquer outra circunstância ou crise pode ser mudado apenas e tão somente pela mística. Sabemos, não é assim. A oração pessoal, familiar e comunitária são importantíssimas, mas não é tudo! Um "quarto sagrado" de nada vale sem vida consagrada.

Igrejas inteiras reservaram presença na estreia. É comum ouvir brados de louvor entre os assistentes – qual torcida organizada de crentes. Há lições explícitas. Orar nunca é demais. É sobre a vivência do cristianismo em tempos de Estado Islâmico. Deixa ânimo sobre situações que podem ser mudadas. Recomendável para famílias – especialmente casais, pais e igrejas inteiras. By Geraldinho Farias

4 comentários:

  1. Valeu, Geraldinho Farias!

    Destaco: "E a intercessão como disciplina num tempo em que o ministério de louvor é a “vedete” das igrejas."
    Não era assim na década de 1960 quando eu comecei a minha carreira em uma igreja batista. A oração era o ponto forte naquele tempo, naquela igreja.
    Abraços.
    Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, São Paulo, Brasil.

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  2. Assistir o filme quarto de gurra, e confesso que me surpreendi, esperava um filme com ações abrupitas com tiros e muita ação.
    mas como foi assistir junto com mais 19 pessoas em minha casa.muitos saíram dali dispostos a gastar mais tempo com oração.
    pr Dermeval

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