quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

GRITO DE SOCORRO

Caríssimos amigos e amigas: Assaltados por uma tragédia há 60 dias atrás, quando perdemos um amigo e pastor, fomos envoltos numa atmosfera de preocupação, reflexão e crise sobre a circunstância insalubre e autofágica vivida por muitos amigos – conhecidos e desconhecidos, próximos e ao longe.

Vez por outra recebemos em muitos canais – além dos apelos pessoais, pedidos de socorro – ministros que vivem sob condição de vexame e necessidade. Não gostaria que passado o efeito emotivo do trauma e o consequente calor das reflexões, isso não resultasse em medidas práticas para prevenir, acompanhar e socorrer aqueles que estão sob risco.

Lí e vi com contentamento e em muitas regiões, líderes mobilizados em mutirão de visitas, orações e presença. Que bom! Que isto circule e aconteça sempre.

Há regiões continentais nesses brasís. Há inúmeros amigos que não possuem conexões das muitas matizes que hoje há. Sugiro algumas iniciativas:

Um mutirão – tarefas delegadas e divididas – em todas as secções e subsecções – para conhecer melhor a realidade de cada um dos operários do ministério. E que seja periódico e em rodízio. Possíveis visitas, teleconferências, ligações telefônicas, ... O que for possível pra gente conhecer a realidade dos obreiros nesse imenso país.

Um desenho do ministério pastoral batista através de pesquisas. Quantos, onde, como vivem e são sustentados; onde há maior densidade; quais regiões são mais carentes; quais regiões teria mais possibilidades de ajudar.

Uma recomendação para líderes das igrejas recomendando que se cuide dos pastores - do ponto de vista de ovelhas que precisam de atenção na saúde, nas condições de trabalho,...

A adoção de uma linha 0800 – Serviço de Atendimento ao Pastor. Uma linha popularizada onde ministros em situações-limite possam dar um grito e, a Ordem encaminhe uma saída para o pleito, delegando para um grupo de pastores ou igrejas, ou ainda empresários de igrejas o socorro pontual, orientação etc. para o obreiro, mais próximos a ele.

A Ordem atuaria na formação de uma equipe de profissionais da saúde mental, psicólogos e psiquiatras – há muitos pastores, membros de igrejas que, de forma voluntária ou prestando serviço sob valores generosos, socorreriam aqueles que não tem condições ou acesso. Até mesmo a localização daqueles que trabalham no SUS e, profissionais da saúde, poderiam dividir serviços e agendar consultas. Sim, há pessoas qualificadas em nossas paróquias!


E nossas mulheres??? Refiro-me às esposas dos pastores - ninguém tão perto também deveria ser assistida de alguma forma. Qualquer iniciativa de suprir cuidados que não releve as esposas dos pastores terá resultados menores... Ok, estou exagerando. Perguntarei: E os filhos dos pastores...??? Uma caminhada de 1000 m começa com o primeiro passo.

Sempre recordo para não termos cuidados de não parecer reações vitimistas. O ministério é nobre, excelente obra! Esses apontamentos são apenas espasmos, luzes, para aqueles mais capacitados e graduados na Denominação. Um toque pra gente não esquecer. Algo precisa ser feito. Perder um, apenas um, justificaria esforços hercúleos. Que cada um de nós se prontifique onde e como contribuir para socorrer amigos em situação de risco, adoecidos, e gritando por socorro. Reclamar da sigla (OPBB) é subjetivo. A Ordem somos todos nós. Encaminhemos sugestões. Nos prontifiquemos. Poucas causas são tão nossas que cuidar uns dos outros. By Geraldinho Farias

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