Vivemos sob
mutações. Mudamos por natureza, por necessidade de crescimento, por adaptação
ou sobreviência. Ai daquele que se recusa a mudar. Especialmente amputações,
perdas, crises e rupturas são circunstâncias propícias para mudanças. Às vezes
decidimos mudar; outras vezes somos obrigados. É a vida.
Uma simbologia: As cobras
As jovens trocam com mais frequência. A pele antiga, que está feia e suja, é substituída por uma limpa e com seus desenhos, cores e mosaicos vivos. Sob condições favoráveis – boa saúde e em seu habitat, a pele velha pode sair por inteiro assim como se descalça uma luva.
Por sua natureza – sem patas, as cobras precisam de uma pele resistente pra suportar o atrito com o chão, troncos ásperos ou areia grossa. Por proteção as peles são rígidas por fora, mas por dentro são flexíveis para amortecer impactos. Portanto, escolhi o ritual das cobras como símbolo de minha mudança existencial: À frente, caminhos duros e cheio de obstáculos. Preciso de mais resistência. Todavia, sem perder a flexibilidade afetiva que novas demandas exigem.
(Sob mutação não terei o tempo que preciso para usar a pena (=teclas). Mutatis mutandis: Voltarei a atualizar a página na segunda semana de abril)
Abraços de
compreensão. By Geraldinho Farias
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