terça-feira, 8 de outubro de 2013

UM "PAI NOSSO" CONTEMPORÂNEO

“Pai nosso, que está em nosso lar, em nossa relação conjugal
E em nossa relação de amizade com nossos filhos;
Santificado seja o vosso Nome!
Nome mais sagrado que qualquer nome deste mundo – de marca, grife, design ou detentor de royalty.
Venha a nós o vosso Reino de amor, simplicidade e paz!
Acima e melhor que o reino Capitalista - das aparências, das coisificações, das comparações!
Seja feita a vossa Vontade, acima das vontades da mídia e do consumismo desenfreado!
Assim nesta terra de compulsivos materialistas,
como no céu - além deste céu que poluímos por causa do nosso “progresso”.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje – não o luxo, objeto do nosso desejo, aquilo que ambicionamos ostentar, mas o pão de cada dia; em suas diversas formas – o pão espiritual e o que alimenta nossas relações humanas!
Perdoa as nossas dívidas – dívidas de afeto, do bem sonegado, a omissão de socorro, a indiferença com quem sofre e a recusa em dividir;
Assim como as dívidas contraídas com os sintéticos, supérfluos, de uma sociedade consumista, que nos infla da ambição de ter e reter; mundo dos descartáveis, da ingratidão;
mundo das imagens, do uso e abuso das pessoas. Mundo acessível pelos cartões de créditos e aparelhos celulares.
Assim como nós devemos perdoar aqueles que nos inflam de inveja, ganância e arrogância.
Não nos deixe cair na tentação de comprar, adquirir sem discernimento;
Na tentação de nos endividar sem sentido, de nos tornarmos esfomeados digitais;
Nos livre da tentação de achar que felicidade se compra.
Da tentação de trocar de cônjuge ou abandonar nossos filhos, 
Da tentação de leiloar ou oferecer nossos valores em liquidação. 
Livrai-nos do mal de nos coisificar e coisificar outros;
de suprir ausências com presentes e brinquedos, de desperdiçar nosso tempo;
de preferir um shopping ao nosso lar; de substituir Deus por ídolos e ícones;
de achar que compartilhamos apenas por teclados;
Nos livre do mal de achar que Deus se “baixa” por downloads;
De pensar que o mundo é uma tela, e as relações, virtuais. 
Livrai-nos destes males e tantos outros... 
Obrigado, Senhor, porque somos espíritos amados pelo Senhor - não somos de bites e pixels.
Pai Nosso, que em nenhum momento estejamos desconectados do Senhor. Amém!” - By Geraldinho Farias

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