EDUCAÇÃO DE FILHOS NA GERAÇÃO 'SELFIE'

Jovens recém-formados estão levando os pais como acompanhantes em suas entrevistas de emprego - quase 20% dos empregadores afirmaram que um recém-formado trouxe um dos pais para uma entrevista (Intelligent).

Mães atuam na construção de pessoas, sendo suficientes - e não, perfeitas - legou Donald Winnicott: A boa mãe, ou a "suficientemente boa" reconhece as necessidades do bebê e a hora de retirar gradativamente seus cuidados quando não são mais tão necessários e protetivos. Faz POR ele; depois, faz COM ele; até que ELE MESMO faça, encare, decida, se defenda. A "Mãe Boa" percebe a hora de desmamar; vê numa queda ao brincar o preparo para outras quedas; e lida bem com a autonomia e independência do(s) filho(s). A "Mãe Desnecessária" sucede à "Mãe Boa": Não cria filhos para sí, dependentes, impedindo-os à autonomia e maturidade. Filhos da "Mãe suficientemente Boa" são confiantes e determinados - não oscilantes e inseguros - treinados para lidar com nãos, perdas e frustrações.

 

As "super-mães" estão na raiz da produção de meninos e meninas cujas adolescências são estendidas; vivem em "bolhas", imaturos para tomar decisões ou assumir compromissos. Pais são reduzidos a meros prestadores de serviços ou realizadores dos gostos e preferências criados pelo Mercado - a todo o custo e a qualquer preço: Há compulsivos consumistas convertidos a clientes por pais gastões. Tantos são os casais|responsáveis, indiferentes à imersão insaciável de filhos em apps e telas, ignorando os desafios impostos pela realidadade! Inseguros, excessivamente tímidos, homens-meninos sentirão as repercussões em casamentos, carreiras profissionais,... Até estar acompanhado na ante-sala do emprego.

Tudo tem seu tempo. Nem aquém, nem além; fornecer confiança e encorajar nossos filhos ao enfrentamento, ensiná-los a se defenderem, a construírem relacionamentos com os diferentes, lidar com crises. Educar dá trabalho! Maior trabalho é se omitir ou proteger excessivamente. 

*imagem: Recruta Zero é um personagem dos quadrinhos criado por Mort Walker, Brian e Greg Walker, nos anos 50. Zero é preguiçoso e engraçado. By Geraldinho Farias

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